7 de maio de 2024 Doar
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Nova lei de liberdade religiosa preocupa com seu laicismo anticristiano, adverte Bispo espanhol

Dom Demetrio Fernández, Bispo de Tarazona (Espanha), tem escrito em uma recente mensagem pastoral que os bispos espanhóis concordam com a necessidade de atualizar a lei de liberdade religiosa; mas temem que a reforma sirva como desculpa para impor um laicismo fanático que tire toda religião do âmbito público.

Contra o que assinalaram alguns líderes socialistas ao anunciar a reforma da lei de liberdade religiosa para um imediato futuro, Dom Fernández assinala que “não nos preocupa que outras religiões com implantação na Espanha adquiram o reconhecimento de todos seus direitos civis”, porque “antes que o governo espanhol o anuncie, proclamou-o faz mais de 40 anos a todos os ventos o Concílio Vaticano II, e esperamos que todos os cidadãos em todos os países da terra adquiram estes direitos”.

“Há muitos lugares –assinala– onde ainda os cristãos são perseguidos, em prol de um ateísmo feroz e defasado ou em prol de um fundamentalismo que não admite mais religião que a sua”.

Para os católicos, lembra o Prelado, “toda pessoa tem direito a viver segundo sua religião, a educar a seus filhos em tais convicções e a expressar essa fé publicamente”. Por isso, adiciona o Bispo, “ao Estado lhe corresponde a sã laicidade, isto é, a autonomia para legislar para todos de acordo com o bem comum. O Estado é aconfessional para apoiar a todas as religiões não para ir contra nenhuma”.

Dom Demétrio assinala, a respeito, os aspectos que sim preocupam aos bispos espanhóis: “preocupa-nos que esta nova lei recolha posturas expressas em recentes ocasiões, nas que se busca eliminar do âmbito público qualquer manifestação religiosa. Há um laicismo, de marca européia, que ataca o religioso e quer eliminar a Deus do âmbito público, seja como for. E existe uma sã laicidade, de estilo mais norte-americano, ‘onde a dimensão religiosa, na diversidade de suas expressões, não só é tolerada, mas também valorada como ‘alma’ da nação e garantia fundamental dos direitos e dos deveres do ser humano'” (Bento XVI, 30 abril 2008).

“Se a reforma da lei de liberdade religiosa vai pelo caminho desta sã laicidade, não há nada que temer”, diz o Bispo.

“Mas se a reforma se orientasse pelos caminhos do laicismo radical, que olha o religioso como suspeito ou como algo nocivo para a sociedade, tememos que a maioria parlamentar sirva para atropelar direitos fundamentais que nossa Constituição reconhece, e se produza uma regressão no campo das liberdades”, conclui o Prelado.

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