3 de maio de 2024 Doar
Um serviço da EWTN News

Cárceres argentinos são para segurança não para morte de prisioneiros, denunciam

Os Profissionais Católicos de Pastoral Penitenciária Argentina (PROCAPP) pediram "acabar com os abusos e a tortura e os entendimentos cruéis, desumanos e degradantes, físicos e psíquicos, que são moeda corrente em nossas unidades penitenciárias e policiais".

Ante os recentes atos ocorridos em cárceres argentinos como Mendoza, Vila Governador Gálvez, Córdoba, Coronda, Madalena e Santiago del Estero, PROCAPP afirma que "os cárceres são para segurança e não para a morte dos encarcerados alojados nela" e toda "conduta da Administração que não possa evitar esses sucessos é uma omissão gravíssima que faz responsáveis aos funcionários".

Em um comunicado assinado pelo Coordenador Nacional do PROCAPP, Alejandro Ramírez Llorens, e o Secretário Executivo da Pastoral Penitenciária do Episcopado Argentino, Pe. Javier Ladrón de Guevara, adverte-se que "tão grave como estar ilegalmente encarcerado é estar encarcerado em situação ilegal" e "os juízes não podem alegar desconhecimento do que querem ignorar".

"A necessidade de prevenir ou sancionar condutas dos presos não justifica" a situação em que vivem os reclusos e é "responsabilidade do Estado por uma grave falta de serviço", entretanto nestes casos "sempre se abrirá uma investigação para fugir responsabilidades mais que para averiguar os responsáveis", assinala o documento.

Por sua parte os sacerdotes da Pastoral Penitenciária da Diocese de Santiago del Estero se somaram às reclamações e denunciaram a "desumana superpopulação" nesse penal, onde recentemente morreram 32 reclusos, e exigiram uma "profunda revisão do sistema penitenciário que não respeita os direitos inalienáveis dos encarcerados, que humilha às famílias visitantes, especialmente às mulheres".

"Os empregados do serviço penitenciário, com a falta de formação profissional e o salário que não justifica sua tarefa, são também afetados por este sistema paralisado", asseguraram os presbíteros e reclamaram uma "urgente uma solução estrutural".

Também os membros da Pastoral Penitenciária da Arquidiocese da Santa Fé de Vera Cruz se uniram às reclamações e indicaram que "os cárceres aparecem como a solução aos excluídos, passando a ser depósitos depessoas indesejáveis’" e enquanto "o Estado não comece seriamente a pensar em políticas de inclusão, seguirá em aumento a situação de marginalidade em que vivem os pobres na Argentina".

"Os cárceres não foram inventados para curar e reabilitar, mas sim para excluir; não integram, segregam, marginam; não aliviam, enquistam os males e matam", manifestaram. "O fim reabilitador se adicionou como verniz humanista, porque não se pôde sustentar semelhante crueldade inútil", asseveraram.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar