MADRI, Sep 25, 2007 / 01:09 am
O Arcebispo de Toledo, Cardeal Antonio Cañizares, quebrou seu silêncio e trouxe à luz as "muitas" profanações ocorridas durante o último período nas Igrejas de diversos povos toledanos e advertiu que o móvel destes atos não é o roubo, mas sim "um ataque à liberdade religiosa em seu núcleo mais íntimo".
Assim divulgou o Primaz da Igreja na Espanha através de uma mensagem lida na Missa celebrada este domingo na Catedral de Toledo, celebração em que não participou o Arcebispo nem os bispos auxiliares, presentes na Fuensalida, nos atos de desagravo, expiação e reparação pela profanação do sacrário da ermida desta localidade toledana.
O Cardeal denunciou em seu texto que ultimamente na Arquidiocese de Toledo se produziram "várias profanações similares de roubo e ultraje ao Santíssimo Sacramento", assegurando que "já são muitos, contudo, para que nos calemos".
Segundo o Cardeal o móvel das profanações não é o roubo, pois objetos roubados não tem muito valor, mas sim "há uma clara intencionalidade que vulnera o respeito ao mais santo da Igreja e do mundo: Jesus Cristo".
Trata-se de "um ataque à liberdade religiosa em seu núcleo mais íntimo; um delito contra o direito fundamental e inalienável da liberdade religiosa", adicionou o Cardeal.
O Cardeal acrescentou que este "desgraçado e friável fato" ocorre enquanto que em Ibiza e Madri se realizam "amostras atentatórias contra o direito fundamental, garantido na Constituição, à liberdade religiosa, contra a fé e a Igreja Católica" financiadas, "para maior escárnio, com dinheiro público".
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