Líder pró-vida critica a Juventudes Socialistas por promover eutanásia

MADRI, Jul 24, 2007 / 02:30 am

O diretor da Fundação Vida, Manuel Cruz, advertiu que a proposta das Juventudes Socialistas da Espanha (JSE) para legalizar a eutanásia mostra "um índice de corrupção nessa formação política e um péssimo sintoma da situação da sociedade. Principalmente se aceita sem discussão alguma, sem debate nem alternativas".

O líder pró-vida se referiu às propostas emanadas do 23° Congresso Federal Ordinário das JSE realizadas o fim de semana passado, onde também se escolheu como novo secretário geral a Sergio Gutiérrez Prieto. "O dado mais preocupante é que tenha incluído a legalização da eutanásia em seu projeto, um ato que sempre é matar uma pessoa, seja ou não com seu consentimento", expressou Cruz.

O diretor da Fundação Vida recordou que esta prática é contrária ao primeiro direito fundamental que é o da vida e assinalou que se os jovens políticos não o defenderem, "ficará justificado o tiro na nuca ou as mortes fruto da violência de gênero".

"A apresentação da eutanásia como uma amostra de solidariedade social é um engano à sociedade. Algo criminoso que, se praticar a pedido da vítima, é um ‘homicídio-suicídio’. Em qualquer caso, constitui um grave dano para toda a sociedade", afirmou.

Nesse sentido, Cruz perguntou "o que esses jovens políticos pensarão fazer com seus pais e avós dentro de alguns anos?", e indicou que frente a esta proposta de eliminar pessoas vieram desenvolvendo com êxito os cuidados paliativos, com os que "aborda-se de um modo humano e o mais grato possível o processo da morte no âmbito sanitário". Ao propor a eutanásia, expressou, "as Juventudes Socialistas se situam em um ‘fora de jogo’ dentro da área sanitária".

Por outro lado, informou-se que no 23° Congresso Federal Ordinário das JSE também se propôs dar direito a voto às pessoas a partir dos 16 anos, dar status legal à prostituição, revisar os Acordos com a Santa Sé, procurar o fim da violência terrorista, entre outros.