São João Berchmans

26 do novembro

São João Berchmans nasceu em Diest, pequena vila de Flandes, Bélgica, em 1599. Nasceu em 13 de março e morreu em outro 13, o de agosto. Não importa. A superstição não tinha capacidade em sua vida. Todos os dias são presentes de Deus.

 

Seu pai João, curtidor de peles, e sua mãe Isabel eram bons cristãos. Tiveram cinco filhos, dos quais três se consagraram ao Senhor. Morreu logo a mãe, e ao final o pai foi ordenado sacerdote.

 

Nosso santo foi o anjo do lar, fiel ajudante de sua mãe. Iniciou seus estudos no Seminário de Malinas, em seguida entrou no Noviciado dos jesuítas da mesma cidade. Mais tarde passou a Roma. No Seminário e no Noviciado se distinguiu por sua candura, estudo e piedade.

 

Sua devoção à Virgem era proverbial. Sentia para com ela um carinho terno, profundo, crédulo e filial. «Se amo a Maria, dizia, tenho segura minha salvação, perseverarei na vocação, alcançarei quanto quiser, em uma palavra, serei todo-poderoso». A ela dedicou sua Coroinha das doze estrelas.

 

Abundavam por então os erros de Bayo, catedrático de Escritura na Lovaina, quem afirmava que Maria tinha sido concebida em pecado. Os teólogos Belarmino e Francisco de Toledo intervêm para esclarecer a verdade. É curioso notar que o grande teólogo espanhol Juan de Lugo atribui o movimento a favor da Imaculada às orações de Berchmans.

 

O próprio Lugo insiste que o decreto de 24 de maio de 1622 conseguiu pela influência sobrenatural de João Berchmans. Nele confirmam as constituições de Sixto VI, Alessandro VI, São Pio V e Paulo V. Manda severamente que ninguém, nem de palavra nem por escrito, atreva-se a afirmar que a Santíssima Virgem Maria foi concebida em pecado, e se soleniza a festa da Imaculada.

 

No último ano de sua vida João se comprometeu, assinando com seu próprio sangue, a «afirmar e defender em qualquer lugar que se encontrasse o dogma da Imaculada Concepção da Virgem Maria».

 

Os Santos praticaram em grau heróico todas as virtudes. Mas buscava distinguir-se em alguma delas. Qual é a virtude característica de Berchmans? Ele desejava praticá-las todas por igual. Sua obsessão, sua loucura de santo, era a fidelidade em observar perfeitamente suas obrigações, sem desculpas nem fugas. «A virtude mais eminente, é fazer simplesmente, o que temos que fazer», dizia Pemán no Divino Impaciente.

 

Aparentemente não tinha feito nada, nada chamativo. Mas viveu «apaixonado pela glória de Deus». «Quer trabalhar sem perder a menor parte de seu tempo». Aproveita as cruzes da vida diária: «Minha maior penitencia, a vida comum». «Quero ser santo sem espera alguma».

 

Fazia cada coisa em seu momento, e sobrenaturalizando a intenção. Quando há que orar, dizia, ora com todo amor. Quando há que estudar, estuda com toda ilusão. Quando há que praticar esporte, pratica-o com todo entusiasmo. E sempre com mais amor, em cada instante do programa diário, sob o doce olhar maternal da Virgem Maria. Estudava com o olhar posto no futuro apostolado, nas almas que lhe encomendariam.

 

Meu maior consolo, dizia ao morrer jovem, é não ter quebrado nunca, em minha vida religiosa, regra alguma nem ordem de meus superiores, sabendo, e advertidamente, e o não ter cometido nunca um pecado venial. Alta e robusta mensagem. É patrono dos que se preparam para o sacerdócio. Morreu em 13 de agosto de 1621. Suas últimas palavras foram: Jesus, Maria.

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