O Filme

Dados gerais:

“The Passion”, o último filme produzido por Mel Gibson, levará ao telão as últimas 12 horas de Jesus Cristo, no dia da sua crucificação em Jerusalém. O roteiro, do qual Mel Gibson é co-autor, se baseia nos diários da mística Santa Ana Catarina Emmerich (1774-1824) apresentados no livro “A dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”, e foi traduzido ao latim e aramaico por lingüístas jesuítas em Los Angeles.

A Produção e a rodagem começaram em 4 de novembro de 2002, em Matera e Craco, ao sul da Itália. Depois o set se transladou aos estúdios de CINECITTÁ, em Roma para as cenas de interiores.

Em uma entrevista para o New York Daily News, Gibson disse sobre a cidade de Mattera:

“Os barros desta cidade têm aproximadamente 2000 anos de antiguidade, e a arquitetura, os tijolos de pedra, as áreas circundantes e o terreno rochoso, deram a vista e o telão de fundo que necessitávamos para as suntuosas cenas de Jerusalém. Fomos muito exigentes para representar a aparência da Jerusalém deste tempo. De fato, a primeira vez que vi este lugar quase “fiquei louco”… era tão perfeito.”

Mel Gibson, que se dedica unicamente à direção e produção deste filme, elegeu iniciar a rodagem no mês de novembro, pela particular luz que cai sobre a antiga cidade de Matera. A paisagem ao redor desta cidade se parece com a de Jerusalém dos tempos de Jesus. Mais ainda, a parte antiga de Matera (Sassi), abandonada há 50 anos, mantém a aparência de uma cidade de 2000 anos.

Todo o filme está realizado em latim e aramaico e provavelmente, a veremos sem legendas. Mel Gibson é o diretor e Jim Caviezel, o protagonista, encarna Jesus. A produção está ao cargo de ICON Productions; uma empresa própria de Mel Gibson. O filme ainda não tem distribuidores.

Cerca de um milhão de coadjuvantes formam parte do elenco desta produção: soldados romanos, palestinos e discípulos. Gibson se esforçou por mostrar tudo exatamente tal qual foi há 2000 anos.

Segundo o porta-voz de Icon Productions, com os quais ACI Digital dialogou em Atlanta, o filme verá luz nos Estados Unidos na quarta-feira de cinzas do ano 2004. Os produtores estão ademais preparando uma campanha especial para seu lançamento na América Latina.

O esforço na realização:

A temperatura em Matera é muito baixa nessa época e a maioria dos atores têm que usar roupa muito práticas. Quando estão no movimento da filmagem não há muitor problema, mas quando querem mudar de roupa só contam com dois camarins para 1000 pessoas, pelo qual só lhes resta esperar seu turno, no frio, aproximadamente 2 horas.

Em uma entrevista concedida ao jornal canadense Globe and Mail desde Sassi di Matera, o testemunho de Caviezel estremeceu a repórter Gayle MacDonald. Segundo MacDonald, o trabalho de Caviezel transcendeu o intenso frio do inverno italiano e a dor dos ossos, não em vão passou os últimos 15 dias quase nu pendurado em uma cruz para encenar a Crucificação.

“Quando o vento toca a cruz, a tantos pés de altura, o ar congela os ossos. A cruz começa a tremer e você pensa que vai se quebrar. Tudo o que se faz é mover-se e rezar”, confessa o ator que acrescenta não ter estado nunca tão exausto, nem atravessar tanta dor física e mental.

“Depois do meu primeiro dia na cruz, quase chego à hipotermia. Tiveram que trazer aquecedores que funcionavam bem quando ventava mas quando o clima se acalmava, podiam quebrar as minhas pernas. Tratava de comer algo, mas só tinha náuseas. Sabia que este papel seria o mais duro e difícil da minha carreira. Também foi incrível”, assinala Caviezel.

Por outro lado, fontes confiáveis afirmam que os habitantes da cidade Matera e o elenco de atores do filme ficaram verdadeiramente supreendidos com a fé de Jim Caviezel. Todos os dias que durou a filmagem, apesar do duro trabalho e o desgaste físico, Caviezel se aproximava da Igreja para receber a Santa Comunhão. Durante as pausas da rodagem, ele sempre era visto silencioso e pensativo, completamente involucrado com Jesus. Sempre era visto acompanhado de um sacerdote com quem conversava em particular ou rezava o terço.

A prévia de algumas cenas

Uma das primeiras cenas é a de Judas. Quando este se enforca após ter traído Jesus, muitas crianças correm ao redor dele, representando simbólicamente os pensamentos malignos do personagem.

Perto da cidade de Matera, em uma cabana localizada dentro de uma reserva natural, se construiu a cenografia para as tomadas que mostram a Jesus menino. Apesar do filme mostrar as 12 últimas horas de vida de Jesus, durante sua crucificação, também relembra cenas da sua infância. Em uma delas, a Virgem Maria aparece alimentando-o, em outra, por exemplo, aparece ajudando a São José, seu pai.

O filme apresenta uma seqüência de cenas da crucificação de um realismo sem precedentes, intercalada com alguns “flashbacks” (saltos ao passado) nos quais se contrasta, por exemplo, a queda de Jesus com a cruz, e um episódio da infância onde se vê Maria correndo com a mesma premura para recolher a seu pequeno filho caído por ter tropeçado.

Entre os claro-escuros da crucificação, a crueldade dos açoites , insultos e dores de Jesus interpretado por Jim Caviezel, aparece a imagem de Maria refletindo ao mesmo tempo dor e integridade, e que repentina e simbólicamente esmaga a cabeça de uma serpente que se arrasta pela terra.

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