Um sacerdote iraquiano denunciou que a escalada de violência no Iraque entre os muçulmanos xiitas e sunitas faz com que os fiéis em Al Doura, o distrito de Bagdá conhecido como o "Vaticano no Iraque", vejam-se obrigados a fugir.

"Quase 700 famílias cristãs foram obrigadas a sair dali e dirigir-se para o norte do Iraque, Síria e Jordânia. Quase uma dúzia de centros de vida católica e culto, incluindo a única universidade de teologia, Babel College, e pelo menos cinco Igrejas foram fechadas em Al Doura", explicou o sacerdote redentorista iraquiano, Pe. Bashar Warda, na sede da organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Neste contexto, o Pe. Warda iniciou com ajuda do AIS, uma escola primária na zona leste de Bagdá onde são educadas 380 crianças, dos quais 70 por cento são muçulmanos. "Dada a confiança que os seguidores do Islã têm em nossas instituições educativas e de saúde, temos que mantê-las. É a única esperança que temos para que o Iraque saia algum dia desta terrível situação", indicou.

Por sua vez, o assistente eclesiástico internacional da AIS, Pe. Joaquín Alliende, pediu orações pelos cristãos iraquianos. "Os cristãos estão no meio de um grande perigo nesta absurda guerra no Iraque. Permaneçamos com eles nestas ameaças e perseguições através de nossas incessantes orações".