O Papa Francisco viajará ao Sri Lanka entre os dias 13 e 15 de janeiro para levar uma mensagem de reconciliação. A visita é considerada semente de paz para a nação que saiu faz poucos anos de uma guerra civil e étnica que durou quase três décadas.

O conflito entre cingaleses –de maioria budista-, e tâmeis –de maioria hindu-, começou em 1983 e terminou em 2009 com um sangrento e violento confronto onde o exército cingalês esmagou à resistência tâmil.

“O Papa busca a reconciliação depois do terrível período de conflito interno entre cingaleses e tâmeis, que durou por 30 anos e que derramou muito sangue. Por isso, o papel da Igreja Católica aqui é muito importante, já que os católicos são tanto cingaleses como tâmeis”, explicou aos jornalistas o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, em uma conferência de imprensa celebrada em 7 de janeiro.

O porta-voz do Vaticano assegurou que durante a visita do Papa ao Sri Lanka “podemos esperar contínuos convites à paz e à reconciliação por parte do Papa Francisco em um país destruído e que sofreu muito”.

Embora a guerra civil tenha acabado, o ódio entre ambos os grupos continua presente na nação. Provavelmente por isso, o evento mais esperado pelos fiéis acontecerá na quarta-feira, 14 de janeiro, com a visita do Papa Francisco ao Santuário de Nossa Senhora de Madhu, ao norte do país.

Neste local o Pontífice argentino rezará pela reconciliação entre cingaleses e tâmeis. O templo é o santuário Mariano mais importante da ilha e a suas imediações não chegam apenas cristãos, mas outros tipos de fiéis. Muitos refugiados viveram nos entornos do santuário durante os conflitos.

Na quinta-feira, 17 de janeiro, o Papa Francisco concluirá a sua viagem à ilha visitando o instituto cultural Bento XVI, que colabora com as autoridades do país para reconstruir a nação e fortalecer o diálogo inter-religioso.

Nesse mesmo dia o Papa viajará para Manila (Filipinas), país onde concluirá a segunda visita que o Pontífice realiza à Ásia. Está previsto que em 19 de janeiro o Santo Padre retorne a Roma.