O Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano notificou os cinco acusados que serão levados a julgamento devido ao roubo de documentos privados, um processo que começará no próximo 24 de novembro.

Em um comunicado divulgado no sábado, 21, a Santa Sé destacou que os acusados por este caso são o sacerdote espanhol Lucio Vallejo Balda, a relações públicas Francesca Chaouqui, os jornalistas italianos Gianluiggi Nuzzi e Emiliano Fitipaldi; e Nicola Maio, ex-colaborador da Comissão Investigadora dos Organismos Econômicos e Administrativos do Vaticano (COSEA).

Nuzzi e Fitipaldi são autores dos livros “Via Crucis” e “Avareza”, respectivamente. O primeiro escreveu, além disso, o best-seller “Sua Santidade”, o qual desatou o primeiro escândalo conhecido como “Vatileaks” em 2012 e terminou com a condenação do mordomo de Bento XVI, Paolo Gabriele.

No começo deste mês, Vallejo Balda continuava preso, enquanto Chaouqui, que está grávida, foi liberada após ser interrogada e ter chegado a um acordo a fim de colaborar com a investigação. Ambos faziam parte da Comissão de estudo e orientação sobre a organização da estrutura econômico-administrativa da Santa Sé (COSEA).

Esta comissão foi instituída em julho de 2013, com o objetivo de avaliar os documentos e as contas do Vaticano e sugerir reformas a fim de melhorar a gestão financeira.

No último dia 8, depois de rezar o Ângelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco se pronunciou a respeito deste tema e disse que o roubo e filtração dos documentos “não me distrai certamente do trabalho de reforma que estamos realizando com os meus colaboradores e com o apoio de todos vocês”.

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Detidos por novo Vatileaks sacerdote espanhol e ex-funcionária

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