Os Museus do Vaticano inauguraram a exposição ‘Assim na terra como no céu. Seul e os 230 anos da Igreja Católica na Coreia’, com a qual pretende transmitir uma mensagem de paz, especialmente no atual contexto de crise entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.

Foi o que explicou Pe. Mattias Young-Yup, porta-voz da Igreja Católica na Coreia, em declarações ao Grupo ACI.

Segundo assinalou: “Esta exposição não é apenas uma boa oportunidade para apresentar a história da Igreja Católica na Coreia, mas também oferece uma oportunidade para divulgar a cultura e as características específicas da Coreia. Portanto, acho que é uma boa maneira de apresentar a nossa cultura coreana ao mundo”.

“Pretendemos oferecer uma mensagem de paz, agora que há uma crise nuclear na península coreana. Queremos transmitir aos nossos irmãos do norte da península uma mensagem de paz”, sublinhou

“Queremos – continuou – que eles saibam que ninguém na península quer guerra, mas todos nós queremos a paz. Essa é a mensagem que queremos compartilhar com as pessoas através da exposição. Esperamos que as pessoas rezem por nós e pela paz na península da Coreia”.

A exposição, organizada pela Igreja Católica na Coreia, junto com o Comitê de Promoção da Memória dos Mártires Coreanos da Arquidiocese de Seul, é a primeira exposição da cultura coreana no Vaticano.

Reúne 181 obras de arte que testemunham como foi anunciado o Evangelho na Península Coreana nos últimos séculos.

Nesse sentido, os responsáveis ??pela exposição se preocuparam de mostrar não só o início da fé católica na Coreia, com as primeiras missões e as primeiras perseguições há 200 anos, mas também a história moderna com a participação da Igreja nos movimentos sociais.

Perguntado sobre o significado desta mostra, Pe. Young-Yup explicou que “nos 230 anos de história do catolicismo na Coreia, nós prosperamos, superamos as perseguições sem perecer”.

“De fato, os mártires se converteram em um modelo para os crentes, acho que esse foi o melhor fruto para a Coreia”, o qual é evidenciado nesta exposição, acrescenta.

A diretora dos Museus do Vaticano, Barbara Jatta, disse ao grupo ACI que a exposição “faz parte de um programa de parceria entre a República da Coreia e a Arquidiocese de Seul, entre todas as dioceses da Coreia e a Santa Sé”.

”Isso faz uma parte de diferentes programas conjuntos, assim como a exibição em 2012 em Seul sobre o Renascimento, com obras de arte de Leonardo, Michelangelo ou Rafael”.

Pe. Young-Yup assegurou: “Queremos mostrar como a evangelização pode oferecer paz e as perseguições não podem esconder isso”.

A exposição poderá ser visitada na sala do Braccio de Carlo Magno, na Colunata de Bernini da Praça de São Pedro, de 11 de setembro a 17 de novembro deste ano.

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