O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assinalou que o Vaticano não considera uma medida positiva o embargo econômico que os Estados Unidos mantém sobre Cuba, pois "o povo sofre as conseqüências".

"A Santa Sé reconhece que o povo sofre as conseqüências do embargo e que este não alcança o objetivo do bem maior, portanto, não o considera uma medida positiva, útil", indicou o porta-voz durante uma conferência de imprensa por motivo da viagem do Papa Bento XVI ao México e Cuba.

O Pe. Lombardi disse que a agenda estabelece um encontro do Papa com o Felipe Calderón e Raúl Castro, presidentes do México e de Cuba respectivamente. Entretanto, afirmou que uma reunião entre Bento XVI e Fidel Castro é "uma hipótese que não está no programa, mas que não pode ser excluída".

O sacerdote explicou que a viagem tem como motivações os 200 anos da independência mexicana e o 400º aniversário do achado da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba.

Afirmou que ambas visitas são uma oportunidade para reafirmar a fé de "dois países com profunda tradição cristã" e um abraço que o Papa dará "a toda a América".