Após certa controvérsia gerada por meios que qualificaram erroneamente o breve encontro entre Francisco e o teólogo da libertação, Frei Betto, como “audiência privada”, o Vaticano afirmou que o Papa e o controvertido dominicano brasileiro jamais tiveram um diálogo. Frei Betto simplesmente esteve presente no beija-mão, um ato que o Papa realiza com dezenas de sacerdotes e leigos ao final das audiências gerais das quartas-feiras.

O L’Osservatore Romano, publicou uma nota traduzida ao português no dia 14 de abril afirmando: “Ao contrário do publicado ontem, 10 de abril, por alguns meios de comunicação, não houve audiência em Santa Marta do Papa Francisco com Frei Betto mas, como de costume, no final da audiência de quarta-feira com os fiéis, apenas um breve encontro no adro da Praça de São Pedro, durante o qual o Pontífice se limitou a escutá-lo e saudá-lo.”

Por sua parte, o Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé também ofereceu eswclarecimento aos fatos indicando que o Papa não recebeu Frei Betto, houve apenas “uma saudação de passagem, como parte do chamado ‘beija-mão’ ao final da audiência geral”. 

Afirmou-se ainda que Frei Betto conversou com o Papa sobre a rehabilitação do pensamento de Giordano Bruno, considerado herege pela Igreja.
O Papa, disse Lombardi, “parou por um momento, ouviu e terminou, como costuma fazer, convidando a rezar”, e “não tinha a intenção de entrar no mérito de Giordano Bruno”.

O breve encontro entre os dois “não deve ser transformado em algo que não é”, afirmou o Porta-voz.