O Servo de Deus Guido Schäffer foi homenageado durante a Festa de São Sebastião, celebrada no Rio de Janeiro, nesta terça, 20. Durante a missa presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani João Tempesta, no Santuário de São Sebastião, na Tijuca, as relíquias do jovem seminarista foram apresentadas à comunidade.

Após ser lacrada pelo Cardeal, a urna foi conduzida pelo Carro do Corpo de Bombeiros na carreata que seguiu até a Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Zona Sul do Rio.

O cortejo contou com a participação de surfistas, médicos e de irmãs Missionárias da Caridade. A urna de mármore permanecerá perto da imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e do confessionário da Igreja.

A abertura do processo canônico aconteceu no dia 17 de janeiro, durante a Trezena de São Sebastião. O ‘Nihil Obstat’, que atesta a inexistência de impedimento para a abertura do processo de beatificação, foi dado à Arquidiocese do Rio pela Congregação para a Causa dos Santos, no final do ano passado. Guido era conhecido como o “Anjo surfista”.

“Guido era um típico carioca e um grande médico com ideais impressionantes. Ele contagiava a todos com o seu exemplo, alegria e fé”, disse o vigário da paróquia, padre Jorge Luiz Neves Pereira, conhecido como padre Jorjão, em entrevista à imprensa, na noite de lançamento do seu livro “Guido – Mensageiro do Espírito Santo”, em 19 de janeiro.

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Biografia

Guido nasceu em 22 de maio de 1974, na cidade de Volta Redonda, RJ, Brasil, filho de Guido Manoel Vidal Schäffer e de Maria Nazareth França Schäffer. Desde o nascimento residiu com os pais na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana.

Sua vocação ao sacerdócio surgiu quando já era médico, ao meditar o Evangelho de Lucas: “A estas palavras, Jesus falou: Ainda te falta uma coisa: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me.” (Lc 18, 22).

O seminarista Guido faleceu no dia 01 de maio de 2009, com trinta e quatro anos de idade, quando faltava aproximadamente 1 ano para se tornar padre. O jovem médico foi vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento, enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Segundo alguns amigos, Guido já havia revelado que se pudesse escolher gostaria de morrer no mar, onde sentia a presença de Deus a lhe falar na natureza.