O Arcebispo de Madri e Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Antonio Maria Rouco Varela, explicou em sua reflexão dominical que ante a crise econômica e educativa atual, e ante os ataques à vida e a família neste país, todos precisam viver a lei de Deus que é a lei do amor.

Em sua habitual reflexão dominical, o Cardeal explicou que ante a crise, a resposta que toda pessoa precisa nasce "da fé no Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo” que é “a lei do amor uma verdadeira lei de leis!”.

Do mesmo modo, indicou, todo homem e mulher “necessita da lei de Deus, inscrita na realidade mais íntima de seu ser natural, e revelada e potencializada em toda sua plenitude por sua Palavra: Palavra feita carne em Jesus Cristo. E a lei de Deus é a lei do amor”.

“Não há outra luz nem outra força para confrontar o imediato futuro com o espírito alerta e sereno e com o coração iluminado pela esperança, que fortalece e entusiasma, que a de renovar nosso sim à lei do amor de Deus, apresentada e explicada com uma apaixonante novidade pelo Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo!”, exortou.

Para o Arcebispo de Madri, a resposta que as pessoas necessitam para fazer frente à crise educativa também está em “abraçar-se a Cristo, a sua Cruz vitoriosa!, é imperativo especialmente urgente para poder começar o novo curso pastoral com ânimo decidido e valente, ao 'estilo paulino', alheio a todo desânimo, que não se arreda diante de nenhuma dificuldade”.

“A lição de Amor se aprende definitivamente em Ressuscitado”, precisou.

Para o Cardeal, esta é a forma de enfrentar a crise econômica que já alcançou a muitas famílias "em bens tão essenciais para elas como são o posto de trabalho, a moradia e o sustento econômico digno”, de maneira especial “as famílias numerosas e/ou as que têm a seu cargo pessoas maiores ou doentes por qualquer causa, sobre tudo se se trata de famílias de emigrantes”.

Também inquieta e preocupa “a muitos a pergunta sobre os conteúdos, a qualidade pedagógica e a orientação religiosa e moral do ensino que recebem seus filhos”, como no caso da controvertida disciplina Educação para a Cidadania promovida pelo Governo socialista espanhol e que vulnera o direito dos pais de escolher a educação para seus filhos de acordo a suas próprias convicções.

Para o Arcebispo de Madri, a luz que surge do Evangelho também deve iluminar e fazer mudar de rumo “a abertura de novos perturbadores debates em torno de aspectos tão centrais para a concepção do ser humano e da sociedade, como são o direito à vida desde sua concepção até sua morte natural e os fundamentos antropológicos e éticos do matrimônio e da família" já que constituem "um fator que agrava ainda mais sua situação”.