Ante o ódio, não buscaram vingança e responderam com amor. Este foi o elogio do Papa Francisco aos familiares das 9 vítimas italianas assassinadas no atentado terrorista em julho do ano passado, na capital de Bangladesh.

No dia 1º. de julho de 2016, um grupo de homens armados entrou em um restaurante espanhol na cidade de Daca. Os jihadistas mantiveram os clientes dentro deste local durante a noite toda, entre eles havia 9 italianos. Assassinaram 40 pessoas e deixaram muitas pessoas feridas.

Os familiares, em vez de buscar vingança, estão desenvolvendo diversas iniciativas para ajudar a população local.

"Vocês não permaneceram com raiva, ódio e desejo de vingança, mas, mesmo com essa grande dor, estão florescendo o amor para reconstruir e ajudar o povo de Bangladesh, especialmente os jovens para que possam estudar: isto é semear paz, obrigado, obrigado a vocês por aquilo que fizeram. Vocês me deram mais um ensinamento”, disse o Papa no encontro.

O Pontífice abraçou cada um dos familiares presentes e expressou: “É fácil passar do amor ao ódio, mas é difícil o contrário: do ódio ao amor”.

Segundo publicou L'Osservatore Romano, Dom Valentino Di Cerbo, Bispo de Alife-Caiazzo, acompanhava os familiares e falou com o Papa sobre as vítimas. “Eram pessoas boas, estavam trabalhando em Bangladesh, mas não para explorar esse povo, na verdade, faziam o possível para ajudar os mais pobres e colaboravam com a comunidade católica local”.

Deste modo, apresentaram ao Santo Padre alguns projetos solidários locais. Por exemplo, Luca Monti, irmão de Simona, uma das vítimas de apenas 30 anos que estava grávida, contou que ele e a sua família ajudaram a construir a igreja de São Miguel, em Harintana, uma pequena cidade no sudeste do país . “Os primeiros recursos econômicos foram arrecadados no funeral da minha irmã”, revelou. "Os 135 católicos de Harintana tinham que cruzar dois rios para chegar a uma pequena igreja de madeira, este templo era muito pequeno para acolher toda a comunidade", explicou.

Outra iniciativa é “fornecer bolsas de estudo para os jovens de Bangladesh e esta é a melhor maneira de recordar os nossos entes queridos, que haviam lançado iniciativas para os mais pobres, especialmente para as crianças", disse o Papa.

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