O último cristão que restou no centro de Homs (Síria), depois da evacuação da população civil, foi assassinado. Elías Mansour, de 84 anos, cristão grego-ortodoxo, não quis deixar sua casa, na rua do Wadi Sayeh, porque tinha que cuidar do seu filho com deficiência apesar de saber que sua vida estava em perigo.

Conforme informa a agência vaticana Fides, a área do Wadi Sayeh –habitada por cristãos e muçulmanos sunitas– se encontra ainda no centro dos combates entre o exército e os rebeldes.

Os rebeldes estão entrincheirados nos bairros de Khalidiyeh, Bad Houd, Bustan diwan, Hamidiyah, até as ruas do Wadi Sayeh e Ouret al Shayyah.

Eles estão cercados pelas forças do exército regular. Conforme informou um sacerdote grego-ortodoxo, Elías Mansour foi assassinado no dia 30. Uns dias antes disse que não sairia de sua casa por nenhuma razão e que se os rebeldes chegassem, "ia lembrar-lhes os Dez Mandamentos e as Sagradas Escrituras".

O funeral foi celebrado ontem em uma igreja ortodoxa. Um sacerdote ortodoxo está tentando localizar ao filho com deficiência e não se sabe o que lhe aconteceu.

Enquanto isso, como informaram fontes da Fides, na manhã de ontem o convento dos jesuítas no distrito de Hamidiyah foi atingido pelos combates que acontecem diariamente.

A estrutura sofreu alguns danos menores, mas não há vítimas. Os jesuítas e as pessoas deslocadas experimentaram momentos de medo, mas estão bem.