Os leigos e a família estiveram entre os temas abordados na sexta reunião do Conselho de Cardeais, que começou no dia 15 de setembro e terminou nesta quarta-feira.

Assim informou o diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi. “Os cardeais dedicaram os trabalhos das reuniões anteriores à avaliação de todas as Congregações e Pontifícios Conselhos, com uma especial atenção às auditorias das Comissões referentes às questões econômicas e organizativas (COSEA e CRIOR) e às questões relacionadas aos Dicastérios econômicos”.

O porta-voz vaticano explicou que este “assunto se considera praticamente concluído, após a constituição do Conselho e da Secretaria para a Economia. A este propósito, a coletiva de imprensa realizada em julho com o Cardeal Pell, tratou dos resultados deste trabalho e do início das atividades destes novos organismos”.

Portanto, nesta reunião, o Conselho de Cardeais retomou o trabalho ocupando-se dos outros Dicastérios, ao mesmo tempo em que foram propostas ou apresentadas ao Conselho as contribuições preparadas pelos cardeais conselheiros sobre os vários temas de sua competência. As considerações destes dias se centraram em torno de dois temas principais.

O primeiro abordou os temas dos leigos e da família. É um campo muito amplo, que abrange muitos temas, como por exemplo, o papel da mulher na sociedade e na Igreja, a juventude, a infância, os grupos e movimentos leigos, entre outros.

O segundo abordou a temática da justiça e paz, da caridade, dos migrantes, dos refugiados, da saúde, a proteção da vida e a ecologia, em particular a ecologia humana.

Como se pode ver, indicou, trata-se de muitos dos principais temas de competência dos Pontifícios Conselhos atuais e as formas de tratá-las em modo coordenado e integrado.

O porta-voz vaticano recordou que o Conselho de Cardeais não toma decisões; elabora propostas para o Papa que certamente quer aprofundar a consulta, também com respeito aos diferentes Dicastérios, envolvendo os responsáveis.

Portanto, assinalou, as propostas do Conselho serão estudadas mais a fundo e é previsível que o Papa fale delas, por exemplo, nas reuniões com os Chefes dos Dicastérios que são convocados regularmente, e que sem dúvida, acontecerão nos próximos meses.

Foi também elaborado um esboço de introdução para a nova Constituição, o qual provavelmente chegue a um estado avançado com as duas próximas reuniões do Conselho que se realizarão de 9 a 11 de dezembro e de 9 a 11 de fevereiro de 2015, “tornando assim possíveis ulteriores consultas que o Papa queira realizar”.

No que diz respeito à Comissão para a Tutela dos Menores, o diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé recordou que nos últimos dias se publicou a nomeação do Secretário, Dom Robert Oliver.

“Nas próximas semanas- explicou - serão precisados outros importantes aspectos sobre os Estatutos e membros da Comissão. Está previsto que sejam definidos em concomitância com a próxima reunião da Comissão, nos primeiros dias de outubro”.

A Comissão sobre os meios de comunicação do Vaticano se reunirá pela primeira vez de 22 a 24 de setembro na Santa Marta para “traçar um quadro de informações necessárias para o trabalho dos membros (muitos deles externos ao mundo vaticano), da programação do trabalho a ser realizado nos próximos meses e ao método a ser seguido”.

“Será a própria Comissão, nesta primeira reunião, que estabelecerá a sua estratégia de comunicação, portanto não se espera que haja entrevistas ou comunicações antes da mesma”, concluiu.