A Igreja de São Tiago, instituída como espaço de Adoração Eucarística na Diocese de Coimbra, Portugal, foi vítima de uma profanação do Santíssimo Sacramento na madrugada de 12 para 13 de março.

Segundo informa Pe. Orlando Henriques, diretor do semanário ‘O Amigo do Povo’ da Diocese de Coimbra, fontes ligadas ao grupo de adoradores da igreja de São Tiago relataram que o templo foi assaltado e que os criminosos profanaram o sacrário e levaram o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

Em mensagem enviada pelos adoradores ao sacerdote, o grupo convoca todos a se unir “em oração de reparação, em adoração na igreja de São Tiago”. “Rezemos para que o Senhor perdoe e converta todos os pecadores”.

A igreja de São Tiago foi instituída como espaço de Adoração Eucarística tendo como intenção as vocações sacerdotais.

O horário da adoração é das 8h às 20h, todos os dias da semana, quando o templo fica aberto para quem quiser entrar. Há ainda uma escala de pessoas que asseguram a adoração todos os dias durante esse horário.

Segundo Pe. Orlando Henriques, ao ficar sabendo deste ocorrido, recordou-se “das palavras de Jesus à Venerável Madre Maria do Lado, fundadora das Clarissas do Desagravo”.

“Na noite de 15 para 16 de janeiro de 1630 – contou o sacerdote –, também houve uma profanação do Santíssimo Sacramento na igreja de Santa Engrácia, em Lisboa; lá longe, no Louriçal, Maria de Brito estava em oração àquela hora e ouviu Jesus dizer-lhe: ‘Minha filha, compadece-te de Mim, que, neste momento, sou crucificado em Portugal’”.

Pe. Henriques assinalou que, “de fato, a Paixão do Senhor continua hoje: nas profanações da Eucaristia; nas indiferenças; nas comunhões mal feitas; nos cristãos perseguidos pelo mundo…”.

“Muitos dizem que Deus não existe por causa de haver injustiças, abusos, violência; mas casos de profanação como este mostram-nos que, afinal, o próprio Deus não está longe de nós nas horas de violência; pelo contrário, Ele próprio está sujeito aos abusos e violências”, acrescentou.

O diretor de ‘O Amigo do Povo’ lembrou ainda que, ao falar da guerra, Padre Antônio Vieira dizia que “até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro”.

“Da mesma forma que Ele Se deixou maltratar às mãos dos carrascos há 2 mil anos, também hoje Se continua a sujeitar a tudo isto, e sempre pelo mesmo motivo: por nosso amor! Para ficar conosco! Só a fé e o amor permitem compreender esta aparente impotência de Deus perante o mal”, concluiu.

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