Acusado de abusar sexualmente de um menino de 14 anos com deficiência mental, Padre Fabiano Santos Gonzaga foi condenado a 15 anos de prisão e “está com um Decreto de Suspensão de Ordem, não podendo exercer o Ministério Sacerdotal na Igreja”, segundo o Arcebispo de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto.

O sacerdote da Arquidiocese de Uberaba (MG) foi preso em flagrante em junho do ano passado, em Caldas Novas (GO) e enquadrado no artigo 217 do Código Penal, por ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.

O caso contou com o agravante de o menino possuir deficiência mental e, embora tenha 14 anos, sua idade mental é entre 7 e 9 anos. Assim, não teria discernimento para a prática do ato sexual e sequer poderia oferecer resistência.

De acordo com a investigação, o sacerdote abusou do menino em uma sauna de um clube em Caldas Novas.  Além de praticar o ato libidinoso, ele teria usado o próprio corpo para impedir que a vítima saísse do local.

Ao deixar o local, a criança contou à sua mãe sobre o ocorrido e a polícia foi acionada. Em decisão nesta segunda-feira, juíza Valeska da Silva Baruki determinou a pena máxima para o caso, de 15 anos de reclusão em regime fechado.

De acordo com Dom Paulo Mendes Peixoto, “desde o início a Arquidiocese vem acompanhando o Pe. Fabiano com visitas”. “Um dos padres é psicólogo e tem feito um acompanhamento psicológico para ajudá-lo a enfrentar esse momento de prisão. Eu mesmo fiz a ele duas visitas para ouvir um pouco seu desabafo”, afirmou.

No ano passado, quando ocorreu o caso, a Arquidiocese de Uberaba logo se pronunciou em um comunicado, informando que o sacerdote havia sido “privado do ‘uso de ordens’, pelo Senhor Arcebispo, Dom Paulo Mendes Peixoto, ou seja, não tem jurisprudência para presidir ou administrar qualquer sacramento”.

O Arcebispo assinalou que agora é necessário “respeitar a decisão da juíza”. Recordou também que, de acordo com a justiça brasileira, o sacerdote ainda tem o direito de “apelar para instâncias superioras”.

Entretanto, o Prelado foi enfático ao condenar qualquer caso de abuso sexual de menores. “Isto é inadmissível e deve ser tratado como de fato é, um crime”, expressou.

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