No próximo dia 28 de setembro, chegarão a Estocolmo as relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus e dos seus pais, os santos Luís e Zélia Martin, percorrerão diversas cidades da Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia e chegarão até o Círculo Polar Ártico para levar uma mensagem de apoio às famílias.

Irmão Syméon, religioso francês da Congregação de São João, responsável pela pastoral familiar em Estocolmo (Suécia) e pelo percurso destas relíquias, assegurou que é como se "a família Martin estivesse em peregrinação por dois meses nestes países para apoiar as famílias".

Irmã Anna Mirijam Kaschner, Secretária Geral da Conferência Episcopal Nórdica, explicou à agência italiana SIR que Santa Teresa de Lisieux “é padroeira das missões e os nossos países são terras de missão, portanto esperamos que tenha seu efeito na fé católica”. Ela assegurou que nos próximos dias os bispos enviarão uma carta pastoral sobre a importância de visitar as relíquias da família Martin.

A Secretária Geral da Conferência Episcopal Nórdica também explicou que a sociedade dos países nórdicos é muito moderna e secularizada, algo que contrasta com a tradição dos católicos nestes países. Entretanto, mostrou-se esperançosa com os frutos espirituais que a passagem destas relíquias poderá deixar.

"Eu sei que em outros países onde as relíquias estiveram houve muitas conversões de pessoas não católicas que perceberam algo especial nesta experiência. Não sabemos o que pode acontecer: acompanhamos este percurso com muita oração. Ninguém sabe o que o Senhor faz", assinala a irmã Mirijam.

Por sua vez, Irmão Symeón explicou que "o culto das relíquias tem sido algo constante na história da Igreja e é uma parte essencial da religião católica", porque "honrar os santos e os restos do seu corpo é recordá-los como se estivessem vivos. Portanto, recebemos esta grande santa porque ela está viva no céu".

É por isso que o lema escolhido para esta peregrinação é “Bem-vinda Santa Teresa”.

Segunda explica Irmã Anna Mirijam, um dos principais objetivos desta peregrinação é mostrar "a ‘pequena via’ iniciada por Santa Teresa de Lisieux," ou seja, "a possibilidade de buscar a santidade não nas grande coisas, mas nos atos de todos os dias feitos por amor a Deus".

Além disso, esperam que seja uma oportunidade para o diálogo ecumênico, pois a Igreja luterana está muito presente nos países nórdicos.

Irmão Syméon também se mostrou esperançoso de que os luteranos possam participar desta experiência, "porque não só as famílias católicas têm dificuldades nos países escandinavos, mas todas as famílias".

Segundo informa SIR, está previsto que as relíquias sejam recebidas "solenemente" na Catedral de Estocolmo (Suécia) no próximo dia 28 de setembro, posteriormente será transladada a Noruega, onde ficará até o dia 6 de outubro.

Em 19 de outubro chegarão à Dinamarca; em 24 de outubro, à Finlândia; e em 3 de novembro, será recebida na Islândia, onde será realizado um dos momentos mais importantes da peregrinação, pois faz parte das comemorações dos 50 anos da fundação da Diocese de Reykjavík (Islândia).

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