Por ocasião do início da Quaresma de 2021, o Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira, autorizou os sacerdotes a realizarem o rito da imposição das cinzas também na quinta e sexta-feira; além disso, ofereceu orientações a respeito da Campanha da Fraternidade Ecumênica, indicando que não se deve usar o texto-base da mesma.

Ao falar sobre esta Quaresma, que ocorre no contexto da pandemia de Covid-19 e as restrições que esta gerou, incluindo o pequeno número de pessoas que podem participar presencialmente das celebrações, o Prelado dá “licença aos párocos e administradores paroquias para realizarem o rito da imposição das cinzas, além da quarta-feira, também na quinta e sexta-feira seguintes”.

“As missas sejam celebradas com o texto litúrgico de cada dia. As celebrações sejam multiplicadas para atender ao máximo de fiéis, em grupos que não excedam o limite determinado pelas autoridades de cada município”, indica o Arcebispo, acrescentando que os fiéis devem ser “orientados para o recolhimento e o silêncio próprios deste tempo e tenham o cuidado de não se aglomerarem na chegada e nem na saída das celebrações, como temos orientado desde o início da pandemia”.

Dom Gil fala também sobre o sacramento da Confissão, o qual deve ser realizado, “com os devidos cuidados de distanciamento, uso de máscaras e as demais medidas já conhecidas”. Além disso, recomenda que, “na medida do possível, as Confissões sejam feitas ao ar livre”.

“Para se evitar aglomerações, não poderá, em nenhuma hipótese, haver mutirões de confissão”, afirma.

Em seguida, o Prelado aborda a questão da Campanha da Fraternidade (CF) 2021, que é ecumênica e tem gerado polêmica por conter em seu texto-base conteúdo ligado à ideologia de gênero. Nesse sentido, orienta que este texto não seja usado.

“Após ler, ouvir e ver praticamente todos os posicionamentos prós e contra, em consciência, e para ser fiel à Igreja, oriento que o texto-base da CFE 2021 não seja utilizado em nossa Igreja Particular”, afirma.

O Arcebispo recorda que “a CF não obriga às dioceses, mas é uma oferta pastoral da CNBB às Igrejas Particulares a critério do Bispo Local”.

Conforme assinala, “neste ano, houve uma grave falha com relação ao texto-base que tem provocado séria polêmica, por apresentar conceitos duvidosos em relação à doutrina social e à Moral cristã, em sua redação e na sua subjacência, sendo a autora adepta de correntes morais não aceitas pela Igreja Católica e nem por grande parte dos nossos irmãos evangélicos”.

Assim, indica que “a explicação da polêmica como apenas questões entre conservadores e liberais não me parece séria. Há algo mais profundo na base da questão”.

Contudo, assinala Dom Gil, “, o tema e o lema da Campanha, independente do referido texto-base, são belos e devem ser acolhidos: Tema: Fraternidade e diálogo: compromisso de amor. Lema: Cristo é a Nossa Paz: do que era dividido, fez uma unidade”.

Por isso, sugeriu “para base de nossa reflexão quaresmal a Encíclica Fratelli Tutti e a Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma”.

As orientações de Dom Gil Antônio foram apresentadas em uma mensagem com orientações para o clero e os fiéis da Arquidiocese, na qual, além da Quaresma, falou sobre o Triênio para o Centenário da Diocese, que teve início em 31 de janeiro. Segundo assinalou, três comemorações caminharão juntos neste período: o Segundo Sínodo da Arquidiocese de Juiz de Fora, o Triênio para o Centenário e o Ano de São José.

Para ler as orientações de Dom Gil Antônio Moreira na íntegra, acesse AQUI.

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