Enquanto Terri Schindler-Schiavo luta por manter-se viva em um hospital da Flórida, alguns comentaristas da imprensa já declararam sua morte, o que foi considerado como "obsceno" por William Donohue, presidente da Liga Católica com sede em Nova Iorque, que comparou a ideologia que avaliza esta morte com o nazismo.

Donohue assinalou que James Kutkowski, Jordan Ross e Jim Seeber da Universidade do Mississippi, Oklahoma State University e Northern State University, respectivamente, afirmaram que Terri "já está morta".

Além dos mencionados, o presidente da Liga Católica falou de Christopher Hitchens, "um homem cujos comentários obscenos o desacreditam permanentemente como advogado em qualquer causa relacionada aos direitos humanos".

Para Hitchens, a "Sra. Schiavo está morta e já estava há algum tempo" e seus estado é o de "não-vida"; comentários que fez o mencionado ao presidente da Liga Católica no programa Hardball da rede televisiva MSNBC-TV. Do mesmo modo, o próprio Hitchens escreveu sobre o caso referindo-se a ele como a "prolongada e lenta morte de Terri Schiavo".

Comparando a posição de Hitchens às dos regimes racistas na história, Donohue indicou que "a história nos ensinou as conseqüências mortais que se geram quando um segmento da humanidade declara que outro segmento não é humano" e acrescentou que "em vários momentos da história, os índios norte-americanos, os judeus, os afro-americanos, os Asiáticos, os não-nascidos e as crianças pequenas foram classificadas como sub-humanos e foram denominados de muitas formas. A esta longa lista de denominações, Hitchens acaba de adicionar ‘não-vida’".

Finalmente, Donohue relacionou a posição de Hitchens com o nazismo. Para explicá-la comentou que "Albert Speer, um dos homens importantes de Hitler, explicou certa vez como era capaz de matar tantos judeus. Enfaticamente negou odiá-los e assinalou que ‘apenas os despersonalizei’. Entende agora, Hitchens?", concluiu.