Um colaborador da Catedral de São Paulo e São Pedro, solicitante de asilo natural de Ruanda, foi preso em 25 de julho como autor confesso do incêndio que, em 18 de julho, destruiu o órgão e danificou parte da estrutura do templo.

O detento, que também atuava como acólito de vez em quando e que tinha a função de fechar a catedral, já tinha sido interrogado pela polícia francesa depois do incidente e posto em liberdade. No entanto, em um novo interrogatório diante do juiz, confessou ser o autor do incêndio que ocorreu em três pontos diferentes do edifício.

O autor confesso, de 39 anos, católico e chamado Emmanuel, estava no processo para obter o status de refugiado, mas seu caso havia sido rejeitado e recebeu uma notificação de expulsão do país.

Agora, está preso e acusado do crime de destruição e degradação por meio de um incêndio e enfrenta uma possível sentença de 10 anos de prisão e o pagamento de uma multa de 150 mil euros.

Segundo declarações de seu advogado, Quentin Chabert, ao jornal local Presse Océan, o detento "está consumido pelo remorso e pela vergonha devido à magnitude do evento". "Rejeita amargamente os fatos e confessá-lo foi uma libertação para ele".

O detento chegou à França em 2012, foi acolhido na diocese e recebeu um emprego como assistente na catedral.

Em um comunicado da diocese de Nantes, divulgado pelo jornal ABC, afirma-se que a diocese deseja que o caso seja esclarecido e “confia na justiça. Para não interferir na investigação judicial, nenhum comentário será feito sobre esse processo”.

O incêndio da catedral de Nantes, um templo gótico extravagante construído entre 1434 e 1891, causou a destruição total do órgão barroco.

As chamas concentraram-se na nave principal da catedral ao lado do acesso principal e destruíram os vitrais da fachada.

Esta catedral já havia sido danificada em um bombardeio em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, e em outro incêndio em 1972.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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