Uma obra arquitetônica emblemática da diocese e da cidade do Porto, em Portugal, a Torre dos Clérigos bateu um recorde durante o ano de 2017, quando foram registrados 665.785 visitantes, 7% a mais em relação ao ano anterior.

O anúncio foi feito pela Irmandade dos Clérigos, segundo a qual, o maior fluxo de visitantes no local foi contabilizado entre os cidadãos estrangeiro, correspondendo a 80% do total.

Entretanto, sublinhou que as visitas de turistas nacionais também cresceu 5% em comparação ao ano de 2016, isto é, 133.000 portugueses visitaram a Torre dos Clérigos em 2017, entre os quais destacaram grupos de escolas, academias Sênior e famílias em geral.

Para este ano de 2018, a expectativa é seguir com este crescimento. Segundo a Irmandade, ao final do ano será possível contabilizar com mais precisão o número de visitantes, uma vez que, desde 1º de janeiro, estão em funcionamento sensores instalados na entrada do edifício.

Tais sensores registram as entradas e saídas dos visitantes e, segundo a entidade, permite assim “distinguir os que visitam apenas a Igreja dos que adquirem bilhete para acesso aos Museus e à Torre Clérigos”.

Além disso, a Irmandade informou que a cada ano passará a convidar um grupo profissional para visitar a Torre dos Clérigos gratuitamente, sendo que em 2018 os convidados são os membros das forças armadas portuguesas, Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP), policiais e investigação e Bombeiros.

Em relação ao ano de 2017, a Irmandade do Clérigo declarou ainda que “há outras vitórias a comemorar”. Entre essas, citou a conquista da denominação de “Emblema Regional” pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e do European Union Prize for Cultural Heritage – Prêmio Europa Nostra.

Quanto aos números do ano passado, indicou que “igualmente dignos de registro” foram as 22 iniciativas solidárias que apoiaram com 500 mil euros diversas instituições majoritariamente da área de prestação de serviços de saúde, investigação, voluntariado hospitalar e apoio sócio-caritativo.

A Torre dos Clérigos também acolheu no ano passado 365 concertos com os órgãos históricos de sua Igreja, 18 concertos no templo, no varandim e na escadaria, além da exposição temporária “The Best Furniture of The World”, em parceria com a Câmara Municipal de Paços Ferreira, aberta ao público até março de 2018.

“Este ano teria sido perfeito a todos os níveis caso não tivesse ocorrido a morte do nosso bispo, o muito saudoso e querido Dom António Francisco dos Santos, bispo do Porto, por inerência nosso presidente honorário”, disse o presidente da Irmandade, Padre Américo Aguiar.

A Torre dos Clérigos

A Igreja e a Torre dos Clérigos é um conjunto arquitetônico da cidade do Porto que remonta ao século XVIII, composto por três elementos principais: a Igreja dos Clérigos, a Casa da Irmandade e a Torre dos Clérigos.

Assinado pelo arquiteto Nicolau Nasoni, o conjunto arquitetônico é classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Conforme história relatada pelo site oficial da Torre dos Clérigos, a Irmandade dos Clérigos nasceu da união entre a Confraria de Nossa Senhora dos Clérigos Pobres, a Irmandade de São Pedro ad Vincula e a Congregação de São Filipe Neri, em 1707.

Anteriormente, essas três entidades se reuniam separadamente na Igreja da Misericórdia, o que continuaram a fazer mesmo após a junção e instituição da Confraria de Nossa Senhora da Misericórdia, de São Pedro ad Vincula e de São Filipe Neri, hoje designada, Irmandade dos Clérigos.

Foi em 1731 que decidiram edificar uma sede própria e, em 28 de março de 1748, concluída a construção da nova igreja, mudaram-se definitivamente para esta nova sede: a Igreja dos Clérigos.

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