A Polícia de Londres (Inglaterra) interrompeu um batizado em uma igreja batista no domingo, 15 de novembro, seguindo as restrições impostas pelo Governo e que incluem a proibição de casamentos e batizados devido à segunda onda do coronavírus. As medidas foram criticadas pelos bispos católicos da Inglaterra e do País de Gales.

Um pastor da The Angel Church presidia um batizado com aproximadamente 30 pessoas, em violação das restrições sanitárias. A Polícia Metropolitana de Londres interrompeu o evento e se posicionou fora do templo para evitar que mais pessoas entrassem, informou a BBC News.

Após a operação policial, o pastor Regan King concordou em realizar o evento fora da igreja. De acordo com o Evening Standard, 15 pessoas permaneceram dentro e outras 15 foram para fora rezar.

O Governo do Reino Unido estabeleceu várias medidas, como o fechamento de bares, restaurantes e negócios "não essenciais" por quatro semanas devido à segunda onda do coronavírus.

As igrejas podem abrir para funerais e "orações individuais", mas não para "o culto público".

O primeiro confinamento, também com o fechamento de igrejas, ocorreu entre os dias 23 de março e 15 de junho.

Os bispos católicos criticaram as medidas para este novo confinamento. O Cardeal Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster, e Dom Malcolm Mahon, Arcebispo de Liverpool, divulgaram um comunicado em 31 de outubro no qual indicavam que o fechamento de igrejas causaria "profunda angústia".

“Embora entendamos as muitas e difíceis decisões do governo, ainda não vimos evidências que tornem a proibição do culto público, com todos os seus custos humanos, um elemento produtivo no combate ao vírus”, indicaram.

Os leigos católicos também se opuseram às novas restrições, como Sir Edward Leigh, presidente de The Catholic Union, que disse que as restrições "são uma grande ofensa aos católicos de todo o país".

Mais de 32 mil pessoas assinaram uma petição pedindo ao Parlamento que permita "o culto corporativo e o canto das congregações" em locais de culto.

Antes do segundo confinamento, o Cardeal Nichols disse à CNA - a agência em inglês do Grupo ACI - que uma das piores consequências do primeiro bloqueio foi que as pessoas foram "cruelmente separadas" de seus entes queridos que estavam doentes.

Também previu algumas “mudanças” na Igreja, como a participação remota na Missa por parte dos católicos.

“A vida sacramental da Igreja é corporal. É tangível. Está na substância do sacramento e do corpo reunido. Espero que desta vez, para muitos, o jejum eucarístico nos dê um sabor adicional e aguçado do verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor”.

Publicado originalmente em CNA.

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