A Academia de Nantes, uma entidade dependente do Ministério da Educação da França, lançou uma campanha para fazer que os alunos homens dessa cidade assistam às aulas usando saia nesta, sexta-feira, 16 de maio, algo que gerou uma grande controvérsia no país.

Para a presidente da Federação de Pais de Alunos de Nantes, Élisabeth Costagliola, a proposta não tem “nenhum efeito negativo” e pode contribuir com ideias positivas, conforme declarou ao jornal francês Le Figaro.

A campanha “Ce que soulève a jupe” (O que a saia esconde) deve seu nome ao livro publicado em 2010 pela francesa Christine Bard, no qual se faz um percurso histórico sobre o feminismo.

“Todas as discriminações devem ser combatidas, mas não podemos aceitar qualquer coisa”, afirmou a presidente do coletivo Manif pour tous, Ludivine da Rochere, que pediu ao ministro da Educação, Benoît Hamon, que cancelasse a iniciativa.

“Quando vamos explicar a nossos jovens que a tolerância não é sermos todos iguais, mas sermos diferentes e nos respeitarmos como tais?”, questionou a líder da oposição na Prefeitura de Nantes, Laurence Garnier.

Ludivine da Rochere explicou também que esta iniciativa na qual participariam 27 institutos de Nantes, é “uma forma de travestismo e, portanto, é uma negação da identidade sexual dos rapazes. É uma falta de respeito à masculinidade e à feminilidade”.

“Ver os logotipos da Academia de Nantes e do Ministério de Educação no dossiê de imprensa é um fato realmente surpreendente”, concluiu.

O coletivo Manif por tous liderou a França à defesa pelo matrimônio e a família, reunindo mais de 1 milhão de pessoas em uma marcha em Paris, e outras centenas de milhares em outras cidades, para opor-se à lei do “matrimônio” gay promovida pelo governo de Francois Hollande.