A organização pró-vida norte-americana Live Action denunciou que o Twitter suprime seus anúncios e advertiu que poderia tomar medidas legais contra a rede social por não permiti-la chegar a uma maior quantidade de pessoas e não só aos seus seguidores.

“Um importante grupo antiaborto acusou o Twitter de bloquear seus anúncios e inclusive exigir a eliminação de ‘conteúdo confidencial’ do seu próprio site”, indicou o The Washington Post, em 22 de setembro.

“Em uma carta ao Twitter – continua o Post –, os advogados de Live Action, conhecidos pelas suas investigações secretas em clínicas de aborto, afirmam que a rede social aplicou incorretamente as suas políticas para censurar anúncios que contêm imagens de fetos em ultrassom, promover ou vincular as suas gravações secretas e opor-se ao financiamento federal da Planned Parenthood”.

Através do seu site, Live Action indicou que esses anúncios que destacam o valor da vida humana e expõem a indústria do aborto “são os batimentos cardíacos” da sua organização.

“Não se trata de um problema sobre um aspecto relacionado a um anúncio. Isso foi sobre a totalidade da nossa mensagem, das imagens do ultrassom de uma vida no útero até a crítica das instalações abortistas. O objetivo do Twitter é ‘dar a todos o poder de criar e compartilhar ideias e informações instantaneamente, sem barreiras’. Eles estão violando totalmente isso”, destacou a presidente da Live Action, Lila Rose, a The Washington Post.

Como assinala o Post, “as acusações de Live Action aconteceram no momento em que o Facebook, o Google e outras empresas de redes sociais enfrentam acusações de ter superado o seu papel de anfitriões ou moderadores e de se desviar ao reino da censura”.

Por sua parte, um porta-voz do Twitter negou que o bloqueio de Live Action seja devido à sua mensagem pró-vida, afirmando que mantém boas relações com outras páginas semelhantes e politicamente conservadoras.

Entretanto, no último mês de julho, Live Action News reclamou que “enquanto a Planned Parenthood podia ser anunciada no Twitter, a rede social reprimiu os anúncios de Live Action, chamando as nossas mensagens pró-vida de ofensivas e provocativas”.

“A Planned Parenthood está autorizada a tuitar que uma mulher tem o direito de praticar um aborto, mas quando a Live Action tuita que um bebê tem direito à vida, o Twitter considera ‘provocante’ e ‘ofensivo’”.

Um dos advogados de Live Action disse ao Washington Post que o Twitter não está apenas dificultando a organização, como também tenta decretar qual material deve estar no seu site.

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