Com o início do período de oração e jejum das Igrejas orientais, católicas e ortodoxas, o Patriarca latino de Jerusalém, Sua Beatitude Michel Sabbah, pediu para que palestinos, israelenses e libaneses gozem da paz e a segurança no Oriente Médio e fez um chamado à comunidade internacional para que intervenha "de forma mais eficaz" nesta convulsionada região.

"Nosso jejum e nossa oração serão para a paz e o fim das hostilidades em Gaza e no sul do Líbano. Rogamos para que todas as partes implicadas –palestinos, israelenses e libaneses– gozem da paz e da segurança", assinala o máximo líder católico na Terra Santa através de uma carta publicada na terça-feira passada.

O Arcebispo qualifica os últimos acontecimentos no Oriente Médio como "desumanos, quaisquer que sejam as razões que tentem justificá-los", e insiste à comunidade internacional a intervir "de forma mais eficaz" para terminar com a escalada de violência iniciada há 24 dias.

Em sua missiva, Sua Beatitude lamenta a tomada de prisioneiros tanto por parte das forças militares israelenses como das tropas xiitas libanesas e pede que estes sejam devolvidos "sãos e salvos a seus lares com seus pais e seres queridos", porque "a pessoa humana é igual em dignidade, quer seja israelense ou Palestina".

"A violência é um ciclo de morte que deve ser rompido", continua o Arcebispo, afirmando que esta "não faz mais que aumentar a violência e não conduz à segurança, é inútil querer fundar uma ordem ou adquirir uma segurança enquanto dure a opressão de uns sobre os outros", e acrescenta que esta "não pode e não deve ser um meio legítimo de defesa".

Ao concluir sua carta, Sua Beatitude Michel Sabbah pede à comunidade rezar"para que os homens se dêem conta de que são capazes de viver juntos, para que cessem as ações militares que impedem os chefes militares e os soldados de serem pessoas humanas, transformando-os em assassinos".

"Roguemos para que Deus continue estando presente entre os homens e que sua presença torne o homem mais humano com seus irmãos e irmãs além de suas crenças religiosas ou sua nacionalidade", conclui.