O Papa Francisco recordou a um grupo de religiosos que para evangelizar também é necessário ser consciente da misericórdia de Deus.

O Santo Padre recebeu em audiência os participantes do Capítulo Geral dos Missionários e Missionárias da Consolata e ofereceu-lhes algumas sugestões para ajudá-los na sua missão, porque “são chamados a aprofundar no seu carisma, a projetar-se com renovado impulso no trabalho de evangelização, na perspectiva das urgências pastorais das novas formas de pobreza”.

Deste modo, exortou-os a “fazer um discernimento atento sobre a situação dos povos, no seio dos quais desempenham a sua ação evangelizadora”.

“Jamais se cansem de levar conforto, sobretudo àqueles que se encontram em situações de grande pobreza e sofrimento, sobretudo na África e América Latina”.

Francisco recordou o exemplo de muitos destes religiosos “que amaram o Evangelho da caridade mais do que a si mesmos e coroaram o serviço missionário com o sacrifício da vida”.

“Que a opção evangélica sem reservas, ilumine o empenho missionário de vocês e seja de encorajamento para que todos possam prosseguir com renovada generosidade na peculiar missão na Igreja”.

Entretanto, “levar adiante isto não é uma missão fácil”, porque é necessário “ser conscientes da misericórdia que o Senhor nos derrama”, disse o Papa.

“É muito mais importante perceber o quanto somos amados por Deus do que quanto nós o amamos!”. “Na medida em que temos a certeza do amor do Senhor, cresce a nossa adesão a Ele”, acrescentou.

Referindo-se especificamente aos consagrados, o Santo Padre assinalou que, “quanto mais se esforçam em parecer mais com Cristo, são mais familiares de Deus, íntimos, aqueles que conversam com o Senhor com total liberdade, com espontaneidade, mas com estupor diante das maravilhas que Ele realiza”.

“A vida religiosa pode se tornar um itinerário de redescoberta progressiva da misericórdia divina, facilitando a imitação das virtudes de Cristo e das suas atitudes ricas de humanidade, para então testemunhar a todas as pessoas que se aproximarem de vocês no empenho pastoral”.

Em seguida, convidou a “saberem acolher com alegria os novos estímulos ao renovamento e ao empenho que provêm do contato real com o Senhor Jesus presente e operante na missão através do Espírito Santo”.

O Pontífice destacou a necessidade da inculturação do Evangelho, assim como “adotar formas simples e pobres para viver entre as pessoas”.

O Papa pediu uma “atenção especial ao diálogo com os muçulmanos e a se comprometer mais com a promoção da dignidade da mulher e dos valores da família, como também ter maior sensibilidade com os temas da justiça e da paz”.

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