Na sexta-feira, 25 de janeiro, os cerca de 450 peregrinos que viajaram de Cuba para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Panamá 2019 foram surpreendidos pelo Papa Francisco, que os visitou no colégio onde se hospedam para saudá-los e convidá-los a que, ao regressarem ao seu país, o façam “com alergia, como peregrinos”.

Os jovens cubanos estavam participando na sexta-feira de uma Missa nas instalações do Colégio das Escravas do Sagrado Coração, onde estão hospedados nesses dias no Panamá. A Eucaristia estava sendo presidida pelo Bispo de Bayamo-Manzanillo, Dom Álvaro Beyra, que acompanha a delegação junto com Dom Silvano Pedroso.

A notícia foi divulgada pela Santa Sé, que informou pela manhã, antes de ir ao Centro Correcional de Menores ‘Las Garzas’ de Pacora, o Pontífice “se encontrou de forma privada com um grupo de 450 jovens cubanos peregrinos da JMJ, no Colégio Escravas que fica perto da Nunciatura Apostólica”.

“O Papa chegou ao final da Missa, deu a bênção e uma breve saudação aos presentes. Participaram do encontro, que durou cerca de dez minutos, além dos jovens, também dois bispos cubanos”, indicou o Vaticano.

A experiência deste encontro foi compartilhada com o Grupo ACI por Manuel Alejandro Rodríguez, membro de SIGNIS e da Pastoral Juvenil de Havana (Cuba). “Nós sempre tivemos a esperança de que, estando tão próximos, talvez o Papa viesse e assim aconteceu”, afirmou.

Quando estava finalizando “o momento da comunhão, o Papa chegou e deu a bênção final”, recordou. Manuel disse que os jovens se emocionaram e que “as próprias monjas do colégio estavam muito gratas pela visita do Papa”.

A delegação que participa da JMJ Panamá 2019 é a mais numerosa na história da Igreja em Cuba. “Como Igreja particular em Cuba, claro que é um momento histórico, porque no Canadá (JMJ Toronto 2002), que foi a maior delegação, foram 200. Hoje estamos falando de mais de 500 cubanos e é uma imensa alegria em todos os sentidos”, afirmou.

Em diálogo com o Grupo ACI, o peregrinos disse que alguns dos membros da delegação participaram em Jornadas anteriores, “mas para a grande maioria é a primeira jornada que experimenta”.

“São muitas emoções vividas para muitos, que pela primeira vez saem do país, mesmo que para participar de uma JMJ. Então, para muitos, tudo é novo do ponto de vista cubano, vivencial, mas também se sente essa carga espiritual profundo que é viver a universalidade da Igreja”, afirmou.

Nesse sentido, Manuel assegurou que, quando voltarem para Cuba, compartilharão suas experiências com cada comunidade à qual os jovens pertencem.

“Não vale nada receber muito se não se compartilha. Então, é um compromisso. Viemos ao Panamá para ser confirmados na fé” e, ao regressar a Cuba, “é chegar a cada uma das comunidades para compartilhar o que vivemos, porque temos histórias belas das pessoas com quem vivemos aqui no Panamá, que são pessoas muito solidárias, muito simpáticas”, expressou.

Estas experiências também serão compartilhadas na Jornada Nacional da Juventude, que será realizada em agosto em Santiago, Cuba, “onde poderão ir muito mais jovens que não puderem estar no Panamá”.

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