O Papa Francisco refletiu na manhã de hoje sobre o ser humano, a “obra mestra” da criação de Deus; e explicou que quando a dignidade do homem é negociada e quando o Senhor é substituído no coração por ídolos como as riquezas, a pessoa faz “um gol contra”.

Assim o indicou o Santo Padre na Sala Clementina do Palácio Apostólico, em seu discurso aos participantes da Semana Bíblica Nacional na Itália, refletem sobre o tema “Sejamos seres humanos ... masculino e feminino: declinações da polaridade homem-mulher nas Escrituras”.

Ante os membros da Associação Bíblica Italiana, o Papa explicou que “existe a possibilidade de que essa dignidade, que nos foi conferida por Deus, possa degradar-se. Para dizer em termos futebolísticos, - disse Francisco - o homem tem a capacidade de fazer um “gol contra”. “Isso acontece quando negociamos a dignidade, quando abraçamos a idolatria, quando damos espaço em nossos corações à experiência dos ídolos.

Durante o êxodo do Egito, quando o povo estava cansado porque Moisés tardava em descer do monte, foi tentado pelo demônio, e construiu um ídolo. E o ídolo era de ouro: isso nos faz pensar na força de atração das riquezas, ao fato que o homem perde a sua dignidade quando no seu coração as riquezas tomam o lugar de Deus”.

O Pontífice destacou que “ao invés disso, Deus nos deu a dignidade de sermos seus filhos. Daqui deriva também uma pergunta, acrescentou o Santo Padre: “como posso compartilhar essa dignidade, para que se desenvolva em uma reciprocidade positiva? Como posso fazer de modo que o outro se sinta digno? Como posso "contagiar" dignidade? Quando alguém despreza, segrega, discrimina, não contagia dignidade, faz o contrário”.

“Irá nos fazer bem nos perguntarmos com frequência, concluiu Francisco: como assumo a minha dignidade? Como a faço crescer? Também será bom nos examinarmos para descobrirmos se e quando não contagiamos dignidade no nosso próximo”.

Francisco também recordou a importância de refletir a respeito da dignidade do ser humano criado homem e mulher, como recordou durante seu pontificado o querido São João Paulo II.

Nesse sentido, o Pontífice também ressaltou que “refletir sobre como fomos criados, formados à imagem e semelhança do Criador, diferentemente de outras criaturas e com toda a criação é essencial”, disse Francisco. Isto nos ajuda a compreender a dignidade que todos nós temos, homens e mulheres, dignidade que tem suas raízes no mesmo Criador”.

O Santo Padre disse também que “Deus nos fez de modo ‘artesanal’, moldando o barro da terra, ou seja, as mãos de Deus se comprometeram com a nossa vida. Ele nos criou não só com a sua palavra, mas também com as suas mãos e o seu sopro vital, quase como se dissesse que todo o ser de Deus se envolveu ao dar vida ao ser humano”.

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