Em suas palavras antes da oração do Ângelus, ante fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco exortou a preparar-nos para o encontro final com o Senhor, servindo aos outros e rechaçando a injustiça.

Para participar no "dia luminoso da eternidade", disse o Santo Padre, é necessário "não adormecer, esperar com fé o Senhor, manter-se pronto, em atitude de serviço".

Refletindo acerca do Evangelho de hoje, Francisco disse que "Jesus fala aos discípulos da atitude a assumir com vista no encontro final com Ele, e explica como a espera para este encontro deve conduzir uma vida rica de boas obras."

"É um convite a dar valor à esmola como obra de misericórdia, a  não colocar confiança nos bens efêmeros, a usar as coisas sem apego e egoísmo, segundo a lógica de Deus, a lógica da atenção aos outros, lógica do amor ".

O Senhor, o Papa disse: "está presente a cada dia, bate na porta do nosso coração. E será abençoado quem abrir esta porta, porque receberá uma grande recompensa: o próprio Senhor será o servo dos seus servos ".

“É algo que já acontece aqui na terra, no serviço aos outros e na Eucaristia, onde somos nutridos com a sua Palavra e seu corpo”.

O Santo Padre sublinhou que "o discípulo é aquele que espera para o Senhor e o seu Reino" e os encorajou a rejeitar "tantas injustiças, violências e maldades cotidianas nascem da ideia de nos comportarmos como patrões da vida dos outros."

"Jesus recorda-nos hoje que a espera das beatitudes eternas não nos dispensa do empenho em tornar mais justo e habitável este mundo", disse o Pontífice.

"Precisamente esta nossa esperança de possuir o Reino da eternidade nos leva a agir de modo a melhorar as condições de vida terrena, especialmente dos irmãos mais fracos."

Ao terminar, Francisco pediu: “Que a Virgem Maria nos ajude a ser pessoas e comunidades não achatadas sobre o presente, ou, pior ainda nostálgicas do passado, mas projetadas em direção ao futuro de Deus, em direção ao encontro com Ele, nossa vida e nossa esperança".