No seu segundo encontro com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, o Papa Francisco conversou sobre os conflitos atuais na Ucrânia e no Oriente Médio.

Sob a liderança de Putin, a Rússia anexou a península de Crimea, localizada na Ucrânia, ao seu território. De acordo com o governo ucraniano e outras nações do Ocidente, os soldados russos lutam junto aos dissidentes pró-russos no leste do país. O presidente negou que existam soldados russos na Ucrânia.

Calcula-se que morreram aproximadamente umas seis mil pessoas até o momento devido ao conflito.

Segundo o comunicado de imprensa do Vaticano: “O Pontífice reforçou a necessidade de um sincero e grande esforço para realizar a paz. Ele pediu que todas as partes devem se comprometer em cumprir os acordos de Minsk.

Putin e o Papa Francisco também conversaram sobre a situação no Oriente Médio, especialmente no Iraque e na Síria, país cujo regime recebeu o apoio da Rússia durante a guerra civil.

No encontro privado que durou 50 minutos, ambos contaram com a participação de intérpretes em italiano para o Santo Padre e o em russo para Putin.

O Pontífice saudou em alemão ao mandatário russo dizendo-lhe: “Bem-vindo” e Putin respondeu-lhe concordando. Ambos ficaram em silêncio até que as portas foram fechadas para a audiência privada.

Putin deu ao Papa um quadro com um bordado feito à mão da Basílica de San Salvador e explicou ao Pontífice que esta é a igreja havia sido destruída na época soviética e depois foi reconstruída.

Por sua parte, o Santo Padre presenteou o presidente russo com um medalhão do artista Guido Veroi, que representa o anjo da paz e entregou-lhe também entregou uma cópia da Exortação Apostólica Evangelii gaudium.

No momento que o Papa Francisco lhe entregou o presente disse: “Este é anjo da paz, que vence toda guerra e convida à construção de um mundo de solidariedade e de paz fundado na justiça”. E assinalou que seu texto sobre a alegria do Evangelho tem muitas reflexões religiosas, humanas, geopolíticas e sociais”.