O Papa Francisco continuou com o novo ciclo de catequeses sobre a esperança cristã. Desta vez, refletiu sobre o trecho da Escritura “Que beleza, pelas montanhas, os passos de quem traz boas-novas, que vem anunciar a felicidade, noticiar a salvação” e pediu que se seja homens que divulgam a Boa-Nova e a esperança de um Menino que se faz homem para salvar a humanidade.

“Vendo o pequeno Menino de Belém, as crianças do mundo saberão que a promessa se realizou”. “É preciso abrir o coração a tanta pequenez e maravilha. É a maravilha do Natal, para qual estamos nos preparando, com esperança, neste tempo do Advento. É a surpresa de um Deus menino, de um Deus pobre, de um Deus frágil, de um Deus que abandona sua grandeza para se fazer próximo a cada um de nós”.

Na Sala Paulo VI do Vaticano, o Santo Padre recordou que “estamos nos aproximando do Natal e o profeta Isaías mais uma vez nos ajuda a nos abrirmos à esperança, acolhendo a Boa-Nova da vinda da salvação”.

Francisco explicou que no “fim do exílio da Babilônia”, o povo de Israel tem “a possibilidade de reencontrar Deus e, na fé, reencontrar a si mesmo”.

“O Senhor se faz próximo e o ‘pequeno resto’, isto é, o pequeno povo que permaneceu depois do exílio e que no exílio resistiu na fé, que atravessou a crise e continuou a crer e a esperar também em meio à escuridão, aquele ‘pequeno resto’ poderá ver as maravilhas de Deus”.

“Que beleza, pelas montanhas, os passos de quem traz boas-novas, que vem anunciar a felicidade, noticiar a salvação”. “Estas palavras de Isaías – disse o Pontífice – fazem referência ao milagre da paz e o faz de um modo muito particular, colocando olhar não sobre o mensageiro, mas sobre seus pés que correm velozes”.

O Santo Padre indicou que “o mensageiro de paz corre, levando o alegre anúncio de libertação, de salvação e proclamando que Deus reina”.

“Deus não abandonou seu povo e não se deixou derrotar pelo mal, porque Ele é fiel e a Sua graça é maior do que o pecado”, acrescentou.

Francisco, então, disse que “a realização de tanto amor será precisamente o Reino instaurado por Jesus, o Reino de perdão, de paz, que nós celebramos com o Natal e que se realiza definitivamente na Páscoa”. Estes “são os motivos da nossa esperança”.

Em seguida, manifestou que, quando a fé se faz “fatigosa” e “vem a tentação de dizer que nada mais tem sentido”, pode-se ver que “Deus está chegando para realizar algo novo, instaurar um reino de paz; Deus ‘arregaçou as mangas’ do seu santo braço e vem trazer liberdade e consolo”. “O mal não triunfará para sempre, há um fim para a dor, o desespero é vencido”, sublinhou.

“Somos chamados a nos tornarmos homens e mulheres de esperança, colaborando com a vinda deste Reino feito de luz e destinado a todos”. O Papa convidou a anunciar a Boa-Nova de maneira “urgente”, concluiu.

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