Durante o voo que o levou nesta sexta-feira à Armênia, o Papa Francisco expressou sua alegria pelo cessar-fogo definitivo assinado ontem em Havana (Cuba), entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), um passo importante para obter a paz no país sul-americano, depois de aproximadamente cinco décadas de conflito armado.

“Estou feliz por esta notícia que fiquei sabendo ontem”, assinalou o Santo Padre aos jornalistas que o acompanhavam no avião.

“Mais de 50 anos de guerra, de guerrilha; tanto sangue derramado. Foi uma bela notícia”, acrescentou Francisco, que expressou seu desejo de que os países “que trabalharam pela paz sejam garantidores, deem a garantia de que isto siga avante, ‘blindem’ isto até o ponto que nunca mais possa voltar, seja de dentro ou de fora, a um estado de guerra. Meus melhores desejos para a Colômbia que deu este passo”.

A assinatura do acordo de “cessar-fogo e hostilidades bilateral e definitivo e abandono das armas” foi realizada ontem em Havana pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o comandante das FARC, Timoleón Jiménez (conhecido como Timochenco).

Além disso, estiveram presentes o presidente de Cuba, Raúl Castro; o chanceler da Noruega, Borge Brende; e o secretário geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Também participaram da cerimônia a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro; da República Dominicana, Danilo Medina; e do México, Enrique Peña Nieto.

Por sua parte, a Conferência Episcopal Colombiana emitiu ontem um comunicado no qual afirmou que a Igreja “reconhece este Acordo como um acontecimento histórico para o país”.

Os bispos expressaram seu desejo de que este “seja o primeiro passo para construir a paz tão desejada para os colombianos, sob a garantia do respeito dos direitos humanos e a promoção da justiça em todas as regiões do território nacional”.

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