O Papa Francisco presidiu a Oração do Ângelus neste domingo diante de 50.000 pessoas e falou a respeito da segunda leitura de São Paulo a Timóteo e sobre a necessidade de ser missionários da evangelização hoje, no Dia Mundial das Missões.

"Nesta narração autobiográfica de São Paulo se espelha a Igreja, especialmente hoje, Dia em que se celebra o Dia Mundial das Missões, cujo tema este ano é ‘Igreja missionária, testemunha de misericórdia’” explicou o Papa.

"A comunidade cristã encontra o seu modelo na convicção de que é a presença do Senhor a tornar eficaz o trabalho apostólico e a obra de evangelização”. “A experiência do Apóstolo dos gentios nos recorda que devemos nos empenhar nas nossas atividades pastorais e missionárias, por um lado, como se o resultado dependesse dos nossos esforços, mediante o espírito de sacrifício do atleta que não se desencoraja nos momentos das derrotas; por outro lado, sabendo que o verdadeiro sucesso da nossa missão é o dom da Graça: ‘é o Espírito Santo que torna eficaz a missão da Igreja no mundo’”, disse o Santo Padre.

Francisco disse: “É tempo de coragem (…) para anunciar, não necessariamente para converter”. “Coragem para dar força aos passos vacilantes, para retomar o gosto de gastar-se pelo Evangelho, de readquirir confiança na força que a missão transporta consigo”.

O Papa esclareceu: "É preciso ter coragem, é preciso acreditar, sem que isso seja ‘garantia de sucesso’, e lutar, não necessariamente para vencer; para anunciar, não necessariamente para converter”.

Nesse sentido, o Pontífice exortou: "É preciso coragem para ser alternativas para o mundo, sem nunca nos tornarmos polêmicos ou agressivos”.

“É preciso coragem para nos abrir a todos, sem nunca diminuir o caráter absoluto e a unidade de Cristo, único salvador de todos; é preciso coragem para resistir à incredulidade, sem nos tornarmos arrogantes”, disse o Papa.

Ao concluir, o Papa pediu: “Que a Virgem Maria, modelo da Igreja ‘em saída’ e dócil ao Espírito Santo, nos ajude a ser todos, em função do nosso Batismo, discípulos missionários, para levarmos a mensagem de salvação a toda a família humana”.

Depois de rezar, o Santo Padre saudou a comunidade de peruanos vivem em Roma que usavam uma imagem do Senhor dos Milagres. "Dirijo um pensamento especial para a comunidade peruana de Roma, aqui reunidos com a sagrada imagem do Senhor dos Milagres".

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