Na homilia da Missa celebrada na manhã de hoje, na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco recordou que Deus é Pai, e convidou a chamá-lo de “papai”.

O Santo Padre destacou que a ternura é a característica principal da relação de Deus com a humanidade. “Parece que o nosso Deus quer cantar para nós uma canção de ninar. O nosso Deus é capaz disso. A sua ternura é assim: é pai e mãe. Muitas vezes diz: ‘Se uma mãe se esquecer do filho, eu não o esquecerei’. Ele nos leva em suas vísceras”.

Mediante essa ternura, Deus estabelece um diálogo para o qual “se faz pequeno para nos entender, para fazer com que tenhamos confiança Nele e possamos dizer-lhe com a coragem de Paulo que muda a palavra e diz: ‘Papai, Abbá. Papai’... É a ternura de Deus”.

“Sou capaz de falar com o Senhor assim ou tenho medo?”, perguntou o Pontífice. “Cada um responda. Mas, alguém pode dizer, pode perguntar: ‘Qual é o local teológico da ternura de Deus? Onde pode ser bem encontrada a ternura de Deus? Qual é o lugar onde a ternura de Deus se manifesta melhor?’”.

Francisco explicou que essa ternura é encontrada nas chagas. “Nas minhas chagas, quando se encontram a minha e a sua chaga. Em suas chagas fomos curados”.

“É o Deus grande que se faz pequeno e em sua pequenez não deixa de ser grande. E nessa dialética grande e pequeno, existe a ternura de Deus. O grande que se faz pequeno e o pequeno que é grande. O Natal nos ajuda a entender isso: na manjedoura, o Deus pequeno”.

O Santo Padre concluiu com “uma frase de Santo Tomás, na primeira parte da Suma Teológica. Querendo explicar: ‘O que é o divino? O que é a coisa mais divina?’. Diz: ‘Non coerceri a maximo contineri tamen a minimo divinum est’, ou seja, não se espante com as coisas grandes, mas considere as coisas pequenas”.

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