Ao terminar a Audiência Geral na quarta-feira, o Papa Francisco dirigiu algumas palavras aos participantes na Conferência internacional sobre a proteção do patrimônio em áreas de conflito que, “sob a iniciativa da França e dos Emirados Árabes Unidos, com a colaboração da UNESCO, se realizará em Abu Dhabi, nos dias 2 e 3 de dezembro”. O Santo Padre recordou que defender o patrimônio histórico e a memória cultural dos povos é defender os direitos humanos.

O Papa assinalou que se trata de “um tema que, infelizmente, é dramaticamente atual” e mostrou sua convicção de que “a tutela das riquezas culturais constitui uma dimensão essencial da defesa do ser humano, faço votos de que este evento marque uma nova etapa no processo de aplicação dos direitos humanos”.

Esta Conferência acontece em um contexto internacional marcado pela guerra na Síria e no Iraque. Na Síria, os combates entre o exército sírio e os rebeldes causaram a quase destruição total da cidade histórica de Aleppo, proclamada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Além disso, o grupo terrorista Estado Islâmico, que chegou a dominar grandes áreas do Iraque e da Síria após a sua ofensiva no verão de 2014, procedeu a destruição sistemática de igrejas cristãs, mesquitas chiíes e ruínas milenares, entre elas a cidade de Nimrod, com mais de 3.000 anos de história, ou a cidade de Palmira, de mais de 2.000 anos.

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