Durante o voo que o levou a Roma, o Papa Francisco explicou aos jornalistas as mudanças que introduziu sobre os processos de nulidade matrimonial na Igreja e fez uma reflexão a respeito dos casais que se casam porque a noiva está grávida.

“Por exemplo, agora não é comum, mas em alguns setores na sociedade ainda é comum, ao menos em Buenos Aires, quando a noiva estava grávida, eles deviam casar-se”.

“Quando estava em Buenos Aires, aconselhava aos sacerdotes e quase lhes proibia de celebrar o matrimônio caso houvesse esta condição. Mais conhecido como ‘casamento às pressas’, para ‘salvar as aparências’, e o bebê nasce, alguns deles vão bem, mas não há liberdade e logo vão mal e acabam se separando e se ‘eu estive forçado a fazer o matrimônio porque devia cobrir esta situação’, esta é uma causa de nulidade”, indicou o Papa.

Segundo o Pontífice, além destas situações, há um conjunto de novas questões, como a dos jovens que não se querem casar ou o tema da “maturidade afetiva”.

O Papa destacou a necessidade de uma boa preparação para o matrimônio e assegurou que o próximo Sínodo da Família que começará no próximo dia 4 de outubro e concluirá em 25 do mesmo mês, deve analisar essa problemática.

“Para ordenar um padre há uma preparação de oito anos, mas para casar-se por toda a vida fazem quatro encontros de preparação matrimonial”, exemplificou Francisco e disse que durante o Sínodo falarão a respeito de como deve ser feita a preparação para o matrimônio. “É uma das coisas difíceis, mas tudo indicado no Instrumentis Laboris”.

Em seguida, recordou aos jornalistas que existem muitas causas de nulidade. “Vocês podem buscá-las na internet, estão todas aí, são muitas”.

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