Os pais de Alfie Evans estão prontos para um novo desafio legal, pedirão ao Tribunal de Apelação da Inglaterra para que o seu filho continue recebendo tratamento médico.

Os magistrados do tribunal, segundo informações da BBC de Londres, afirmaram que haverá uma audiência na segunda-feira, 16 de abril.

Alfie tem apenas 23 meses e premanece internado desde dezembro de 2016 em "estado semi-vegetativo" devido a uma condição neurológica degenerativa desconhecida.

O menino está no Alder Hey Children's Hospital, centro que pediu à Justiça inglesa para permitir que desconectasse o seu suporte vital, argumentando que não há solução para o seu problema de saúde.

Assim, embora o Bambino Gesú de Roma e o Instituto Neurológico Carlo Besta de Milão se ofereceram para acolher o menino, o hospital inglês se recusou transferi-lo.

Segundo informações da polícia local, na última quinta-feira, 12 milhares de pessoas do “Exército de Alfie", grupo que apoia o menino, foram ao Alder Hey Children's Hospital e protestou pacificamente contra a decisão do juiz Anthony Hayden, que em 11 de abril estabeleceu a data e a hora para desconectar o suporte que o mantém vivo.

Algumas horas antes, a polícia impediu os pais de retirar o menino do hospital, apesar de apresentarem uma documentação que apoia o seu direito de removê-lo deste centro.

Em março, o Supremo Tribunal de Londres e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos rechaçaram os pedidos dos pais para que o hospital não desconectasse o seu suporte vital.

Entretanto, nesta nova fase, os advogados da família Evans disseram que pedirão ao Tribunal de Apelação da Inglaterra para anular a decisão do juiz Hayden a fim de continuar o tratamento médico de Alfie.

Por sua parte, os magistrados do Tribunal informaram que um de seus membros determinou que o menino seguirá recebendo tratamento até a audiência da próxima segunda-feira.

Em 4 de abril, o Papa Francisco enviou suas orações a Alfie Evans e seus pais e exortou a fazer tudo o que for necessário para acompanhar compassivamente o menor, assim como escutar “o profundo sofrimento de seus pais”.

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