O Tribunal de Justiça de Goiás inocentou, em decisão unânime, a investigação contra Padre Robson de Oliveira, que era acusado de lavagem de dinheiro, após julgamento na tarde de terça-feira, 6 de outubro.

O sacerdote redentorista era alvo da Operação Vendilhões, do Ministério Público, que investiga suposta organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal, envolvendo diretores da Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade da qual ele era fundador e presidente.

Diante da investigação, o sacerdote pediu o afastamento da reitoria do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), e da presidência da Afipe.

No julgamento de terça-feira, a decisão do desembargador Nicomedes Domingos Borges foi acompanhada por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal e a ação do MP foi arquivada.

Segundo o site ‘Correio Braziliense’, o desembargador afirmou em sua decisão que as provas obtidas pelo MP não comprovavam que Pe. Robson desviava dinheiro para benefício próprio por meio da Afipe.

“Por se tratar de uma entidade privada, com os membros não tendo questionado qualquer ato, ou alegado lesão aos seus interesses, não há que se falar em qualquer fato típico a ser investigado”, analisou.

Em nota, a Afipe indicou que, “com a decisão, fica reconhecido que não houve atividade ilícita por parte do padre”.

O advogado do religioso, Cléber Lopes, explicou que os desembargadores do processo decidiram pela inocência pois “não foi comprovado crime algum para ser investigado”.

“Segundo os magistrados, a associação presidida pelo pároco é de natureza privada e não houve qualquer desvio de valores, sendo certo que todos os investimentos foram aprovados pelos membros da associação”, afirmou.

Por sua vez, a Afipe ressaltou que, desde o início da operação do Ministério Pública, a entidade “passa por adequações e está com nova direção”. Seu novo presidente, Pe. André Ricardo de Melo, afirma que o maior objetivo da associação foi, é e sempre será evangelizar e manter a transparência para os devotos associados.

“Estamos passando por auditoria e, com o conhecimento do Ministério Público, fazendo o possível para que a verdade seja sempre colocada à mesa, dando respostas a toda a sociedade e em especial os devotos que colaboram com a nossa obra”, declarou.

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