O Papa Francisco presidiu no sábado, 26 de janeiro, a Vigília da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com a participação de 600 mil jovens e peregrinos que se reuniram no Campo São João Pablo II, no Panamá.

O Santo Padre chegou ao local do evento de papamóvel acompanhado por cinco jovens dos cinco continentes e iniciou a vigília às 18h30 (hora local) com a apresentação artística "A árvore da vida", que narrou através de danças o chamado à vida que Deus faz ao homem, a qual só pode ser mantida seguindo a Cristo.

"Esse chamado está em tensão pelo pecado e, embora nos sintamos indignos, Deus nos elege novamente", ouviram os peregrinos.

Durante a encenação, os peregrinos escutaram três testemunhos. O primeiro foi o de Erika de Bucktron, mãe de quatro filhos, sendo que a mais nova, que se chama Inês, tem síndrome de Down.

Erika disse que quando os médicos souberam que a pequena nasceria com síndrome de Down, recomendaram que ela abortasse, mas tanto a mãe como o pai se recusaram e "nos abandonamos nas mãos de Deus e pedimos que sua vontade fosse cumprida".

Agora, a menina tem dois anos e oito meses de idade e "agradecemos a Deus pelo nascimento da Inês". "Decidimos dizer sim à vida, porque toda a vida é uma bênção de Deus, é Ele quem chama, por isso não hesitamos em dizer: 'Faça-se em mim segundo a tua Palavra'".

O segundo testemunho foi de Alfredo Martínez Andrión, de 20 anos, que foi coroinha em sua infância, mas a pobreza de sua família o forçou a deixar a escola para trabalhar. Ele caiu nas drogas e foi preso. "Eu busquei encontrar uma saída com o crucifixo na minha mão", expressou.

Alfredo encontrou ajuda na Fundação São João Paulo II e aprendeu a confiar em Deus. Agora, luta por sua família e incentiva os outros jovens a dizerem como Maria "faça-se em mim segundo a tua palavra".

Depois veio o testemunho de Nirmeen Odeh, 26 anos, da Palestina, que reconheceu que, embora fosse batizada, por causa do lugar onde morava, achava melhor estar longe do cristianismo. No entanto, na JMJ de Cracóvia, em 2016, ela descobriu que Jesus a ama. Mais tarde, através de livros como ‘Confissões’, de Santo Agostinho, fortaleceu sua fé.

Após os testemunhos, o Papa Francisco fez um discurso no qual assegurou aos jovens que “Maria é a influencer de Deus. Com poucas palavras, soube dizer ‘sim’, confiando no amor e nas promessas de Deus, única força capaz de fazer novas todas as coisas".

"Esta tarde ouvimos também como o ‘sim’ de Maria ecoa e se multiplica de geração para geração. Seguindo o exemplo de Maria, muitos jovens arriscam e apostam, guiados por uma promessa. Obrigado, Erika e Rogelio, pelo testemunho que nos destes. Foram muito corajosos, merecem um aplauso", afirmou o Papa, que também destacou os testemunhos dos outros dois jovens.

Durante toda a Vigília, esteve presente a primeira imagem peregrina da Virgem de Fátima, que veio especialmente de Portugal para a JMJ. O Papa teve um momento de oração em frente à imagem.

Da mesma forma, para o momento da Adoração Eucarística, foi usado um belo ostensório, apoiado por uma escultura da Virgem Maria, que foi feita com o metal de cartuchos de bala.

Este ostensório também está presente na Missa de Encerramento da JMJ deste domingo, 27 de janeiro.

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Finalmente, antes de partir, o Santo Padre dirigiu algumas palavras aos jovens para convidá-los a saudar Maria como Mãe, como fez o apóstolo João ao pé da cruz de Cristo.

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