Durante as Olimpíadas 2016, entre os dias 5 a 21 de agostos, e as Paralimpíadas, de 7 a 18 de setembro, a Arquidiocese do Rio de Janeiro desenvolverá um trabalho de acolhida aos atletas e suas comissões que vêm ao Brasil para a competição e também aos diversos turistas. Foi o que informou o Arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, durante coletiva de imprensa da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na terça-feira, 12.

Segundo o Cardeal, a Vila Olímpica do Rio de Janeiro terá uma “capelania inter-religiosa”. “Um padre da nossa Arquidiocese está sendo nomeado como capelão para coordenar todos os trabalhos inter-religiosos da Vila Olímpica. Nós teremos essa responsabilidade”, declarou.

Além disso, nas paróquias e comunidades próximas à Vila Olímpica e aos locais de competições, será realizado um acolhimento específico para os atletas e turistas, com a distribuição de panfletos com orientações, além de Missas que serão celebradas em diferentes idiomas.

Dom Orani recordou que, quando chegou ao Rio de Janeiro, já encontrou um trabalho realizado pela Pastoral do Esporte, vendo assim uma tradição não só da cidade como também da Arquidiocese quanto às atividades esportivas.

Assinalou ainda que a Igreja confere grande importância ao esporte, citando por exemplo que o tema é tratado por dois pontifícios conselhos: o Pontifício Conselho para os Leigos e o Pontifício Conselho para a Cultura. Recordou também São Pio X, que abriu “as portas do Vaticano para o mundo dos esportes”, São João Paulo II, que várias vezes se pronunciou sobre o assunto, “e o Papa Francisco, que não só tem falado como também recebido jogadores”.

“Quando o Rio de Janeiro foi escolhido para ser a sede das Olimpíadas – lembrou o Purpurado –, nós tivemos a oportunidade de receber as bandeiras olímpica e paraolímpica lá no Cristo Redentor. E o Papa Francisco, durante sua presença no Rio pela Jornada Mundial da Juventude, abençoou as duas bandeiras”. Aquela, assinalou ainda, foi a primeira vez que um Papa fez isso.

Para Dom Orani, as Olimpíadas levam a refletir “sobre a beleza, a importância, a solidariedade, como no esporte se encontram uma diversidade de pessoas”.

O Arcebispo falou também sobre o projeto “100 Dias pela Paz” que será realizado no Rio de Janeiro. Segundo ele, este ato já acontece em todas as Olimpíadas e se realiza 50 dias antes e 50 dias depois dos jogos, quando “nós preparamos as pessoas para sentir este sentimento tão verdadeiro, que é a paz”.

Para este projeto, haverá no Rio de Janeiro a presença de uma cruz com madeiros do mundo inteiro e um cartaz com vários sinais de paz, que foram feitos nas Olimpíadas de Londres e passados para a sede olímpica deste ano.

“Teremos a oportunidade de trabalhar os 100 dias de Paz e pedimos a Deus que os 100 dias se prorroguem sempre”, expressou Dom Orani.

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