Em 11 de fevereiro, a Igreja recorda o Dia Mundial do Enfermo, data que celebra de forma solene a cada três anos. Neste ano, a celebração acontecerá de 7 a 13 de fevereiro, em Nazaré na Terra Santa, baseada na mensagem do Papa Francisco intitulada “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: Fazei o que Ele vos disser”, a qual foi lançada em setembro do ano passado.

O evento foi apresentado na quinta-feira, 28, na sala de Imprensa da Santa Sé, com a participação do presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, dos membros do dicastério romano, Mons. Jean-Marie Musivi Mupendawatu e Pe. Augusto Chendi, e do secretário geral da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, Pe. Pietro Felet.

Este Dia Mundial do enfermo também será inserido no contexto do Ano da Misericórdia. Por isso, conforme Francisco explica em sua mensagem, Nazaré foi escolhida para acolher a celebração solene, uma vez que foi onde Jesus realizou seu primeiro milagre por intercessão de Maria.

“A Celebração Eucarística central da Jornada terá lugar a 11 de fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, e precisamente em Nazaré, onde ‘o Verbo Se fez homem e veio habitar conosco’” explica o Pontífice.

Ele acrescenta ainda que “em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor’”.

Nos dias em que o evento acontece, Pe. Pietro Felet explicou que acontecerão diferentes atividades não apenas em Nazaré, mas também em Belém e Ramallah. O objetivo, conforme assinalou a Rádio Vaticano é “ir ao encontro das exigências dos peregrinos e dos fiéis residentes, alguns dos quais impedidos de ir e vir por parte das autoridades”.

Além disso, durante a coletiva, Pe. Augusto Chendi recordou que será concedida a indulgência plenária e parcial para quem, segundo diferentes modalidades, de 7 a 13 de fevereiro, participar das intenções do Dia Mundial do Enfermo.

A respeito dos enfermos, em sua mensagem, o Santo Padre afirma que “a doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogações que nos atingem em profundidade”. Ele ressalta que “nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva”.

Assim, durante a apresentação do Dia Mundial do Enfermo, o Arcebispo Zimowski assinalou que é neste ponto que esta data encontra sua razão de ser: “fazer o bem a quem sofre e fazer do próprio sofrimento um bem, ou seja, sensibilizar os doentes, para oferecer seus sofrimentos em favor dos outros, em favor da Igreja”, declarou, segundo a Rádio Vaticano.

O Prelado ressaltou que “o fato de não poder curar, de não poder ajudar como Jesus, nos intimida”. Entretanto, incentivou a “superar este embaraço”. De acordo com o site vaticano, Dom Zimowski salientou que “o importante é caminhar ao lado do homem que sofre”.

“Talvez, mais do que da cura, ele precise da nossa presença, do homem, do coração humano repleto de misericórdia e da solidariedade humana”, acrescentou.

Para o Arcebispo, todas as “instituições que servem à saúde humana são chamadas em causa”. Por isso, deve-se apoiar “a bonita tradição” e, assim, o trabalho de médicos e enfermeiros é vista como uma vocação e não apenas como uma profissão.

“O cuidado para com os menores e os anciãos, o cuidado para com os doentes mentais constituem, mais do que em qualquer outro âmbito da vida social, a medida da cultura da sociedade e do Estado”, destacou.

Confira também: