O Arcebispo armênio católico de Aleppo (Síria), Dom Boutros Marayati, denunciou que na terça-feira, 3 de junho, um míssil, dos vários que caíram sobre a cidade nesse dia, atingiu a sede arcebispal.

“Era um míssil bastante potente –diz o Arcebispo à agência vaticano Fides– que atingiu a escola e uma das partes do edifício, quebrando as portas e as janelas. Outro míssil, menos potente, caiu na nossa escola ontem”.

Em Aleppo a eleição presidencial com a qual Assad procura perpetuar seu poder se realizou nos distritos sob um intenso lançamento de mísseis e depois da interrupção do fornecimento de água em toda a cidade.

“Há dois dias estamos de novo sem água” diz o Prelado e explica que “nos bairros que estão sob o controle do exército (…) todos os cidadãos por diversos motivos estão com Assad. E muitos foram votar apesar dos mísseis”.

Segundo as fontes oficiais, Bashar Al Assad foi reeleito como presidente com 88,7 por cento dos votos. Segundo as mesmas fontes, 11,6 milhões de sírios participaram das eleições de 3 de junho (definida como “uma farsa” pela oposição).

Dos dois candidatos, Hassan Al-Nouri obteve 4,3% dos votos e Maher al-Hajjar 3,2%. Segundo o Observatório sírio para os direitos do homem –organização próxima à oposição com sede em Londres– os disparos de arma de fogo que explodiram em Damasco e Aleppo como forma de exaltação pelo anúncio da vitória de Assad, provocaram pelo menos 3 mortos e 20 feridos.