Milhares de pessoas participaram em 3 de novembro da marcha "A Família é Vida", em San Salvador (El Salvador), para exigir às autoridades que impeçam os esforços para legalizar o aborto e implementar a ideologia de gênero nos livros escolares.

A manifestação multitudinária, que reuniu cerca de 5 mil pessoas integrantes de 70 instituições, começou na Praça Salvador del Mundo e terminou no centro da capital salvadorenha.

Em diálogo com o Grupo ACI, Julia Regina de Cardenal, presidente da Fundação ‘Sí a la Vida’ (Sim à Vida), assegurou que "somos muitos os que pedimos que se respeite o direito dos pais como primeiros, principais e insubstituíveis educadores de nossos filhos, ante as ameaças da ideologia de gênero que está avançando nos programas deste governo".

Disse que uma das ameaças é o documento educativo de "Educação Integral da Sexualidade", porque "incentiva as crianças desde o jardim de infância a buscar o prazer sexual individualmente ou com outra pessoa".

A presidente da Fundação ‘Sí a la Vida’ assinalou que o outro perigo para a sociedade salvadorenha "é a ‘Estratégia Nacional Intersetorial de Prevenção da Gravidez’, patrocinada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pela União Europeia (UE), que promove a contracepção como um dos ‘direitos sexuais e reprodutivos’ para as meninas, indiscriminadamente e sem o consentimento dos pais".

Julia Regina de Cardenal assegurou que em El Salvador "não queremos que continuem corrompendo nossos filhos".

A presidente da Fundação ‘Sí a la Vida’ recordou que, "em 3 de fevereiro de 2019, temos eleições presidenciais e esperamos que os candidatos vejam que estes temas são importantes para a população".

"O lema da marcha é uma mensagem de união e de amor, pois está comprovado que a família intacta é a chave para o desenvolvimento, sendo a única que pode dar mais estabilidade, segurança e oportunidades aos filhos e, assim, à sociedade".

Assinalou que "cerca de 100% dos bandidos", um dos problemas sociais mais graves em El Salvador e na América Central, “vêm das famílias desestruturadas ou disfuncionais. Do mesmo modo, os jovens com disforia de gênero, que muitas vezes são usados ​​e manipulados pelas organizações que promovem a ideologia de gênero”.

"As corajosas mães solteiras lutadoras podem nos explicar como é difícil criar seus filhos sem o apoio de um esposo responsável. Muitas querem um futuro melhor para os seus filhos incutindo ideais elevados para formar uma família estável", disse.

Por sua parte, Sara Larín, da plataforma VIDA SV, que também participou da marcha, indicou que o evento buscou "celebrar a vida, a família e os valores", assim como "reivindicar o direito dos pais a educar os seus próprios filhos".

A ideologia de gênero, assegurou, "é uma violação aos direitos da criança".

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