Mais de 40 mil pessoas se reuniram em Paris para participar da Marcha pela Vida, que aconteceu no domingo, 21 de janeiro, sob o lema ‘Da sombra à luz’.

A Marcha pela Vida na França se desenvolveu durante cerca de quatro horas, da praça de Ponte Dauphine até a esplanada de Trocadero, no centro da Cidade Luz.

Além da proteção da vida do nascituro, este ano a Marcha deu ênfase especial ao cuidado da vida até a morte natural.

A marcha aconteceu sob uma chuva intensa que não desanimou os amis de 40 mil participantes que se mantiveram firmes durante todo o percurso.

Na França, são realizados anualmente 220mil abortos e, desde janeiro de 2016, a eutanásia está proibida, embora esteja aprovada a “sedação terminal”. Ou seja, não se permite uma “ajuda ativa” à morte, mas está legalizada a “sedação profunda e contínua” para provocar a morte.

Além das dezenas de milhares de franceses que saíram à rua para se manifestar a favor da vida, nesta ocasião também participaram vários grupos de Holanda, Espanha, Alemanha, Itália e Portugal.

Durante a marcha, foi feito um minuto de silêncio por aqueles que não puderam nascer.

Emil Dupont, responsável de comunicação da Marcha pela Vida, explicou ao Grupo ACI que esta manifestação busca defender “os direitos dos nascituros”, pois trata-se de um tema “do qual ninguém quer falar na França”.

“É importante romper o silêncio e falar das consequências que o aborto tem e que ninguém quer dizer. Por isso, nós temos que fazê-lo”, assegurou Dupont, que também agradeceu a presença de grupos internacionais.

“É muito importante trabalhar unidos pela vida”, destacou.

Pablo Siegrist, da Fundação Jerome Lejeune, na Espanha, assegurou ao Grupo ACI que a participação nesta manifestação na França se deve ao fato de que a lei sobre a maternidade sub-rogada, o aborto ou a eutanásia têm “uma transversalidade clara entre países e, por isso, acreditamos que temos uma proposta muito mais rica a oferecer, que é a defesa da vida de todas as pessoas”.

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“Acreditamos que a vida é uma riqueza independentemente das capacidades físicas ou psíquicas que a pessoa tenha e que todos têm muito que contribuir. Nós apostamos por todos, sem importar a situação na qual se encontram”, destacou Siegrist.

Ana de Pino, coordenadora europeia da Federação One Of Us, destacou a necessidade da união e do trabalho conjunto de todos os grupos pró-vida europeus “para apresentar uma frente comum em defesa da maternidade, da família e da vida”.

Elisabetta Pittino, representante do ‘Movimento per la Vita’ (Movimento pela Vida) da Itália, também assegurou que “é necessário defender a vida também com ações como esta, apesar da chuva”.

Além disso, Pittino explicou ao Grupo ACI que, no último mês de dezembro, foi aprovada na Itália uma lei sobre o testamento biológico que, “embora não abra uma direito à eutanásia, é um forte golpe contra os direitos humanos”.

Na Marcha pela Vida, destacou-se a grande quantidade de grupos de jovens, entre eles, Álvaro Ortega, presidente da fundação espanhola +Vida. “Viemos em uma delegação de jovens espanhóis, porque acreditamos que é imprescindível defender o mais inocente e indefeso, que é a criança concebida, mas ainda não nascida”.

Ortega destacou ainda que a presença internacional em manifestações como esta é importante, pois temas como o aborto, a eutanásia ou as barrigas de aluguel “vêm de uma agenda organizada a nível internacional, e como tal deve ser a resposta”.

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