Depois da repercussão do fechamento da mostra “Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” promovida pelo Santander Cultural, em Porto Alegre, graças à intensa mobilização de defensores da família, um leigo católico lança uma denúncia contra institutos do terceiro setor que financiam e propagam a agenda cultural da promoção da ideologia de gênero para crianças no campo da educação e através de outras iniciativas como mostras de arte e filmes.

Allan dos Santos é um conhecido influenciador digital católico e pai de um menino que nascerá dentro de poucos meses. Em suas redes sociais, não poupa esforços por defender a vida e a família e luta por manter a educação livre da ideologia de gênero. Em um vídeo recentemente divulgado, Allan lança um apelo aos católicos e em entrevista à ACI Digital, explica como funcionam os institutos que financiam a promoção desta ideologia para crianças através de iniciativas culturais.

Primeiramente denuncia o Instituto Alana, que se bem não está por trás do Queermuseu, nem tampouco é “um instituto fazendo alguma coisa ilegal”, vale a pena prestar atenção “como ele atua”.

Segundo a definição do seu website “o Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, a organização conta hoje com programas próprios e com parceiros – todos podem ser conhecidos abaixo – e é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança””.

Segundo Allan dos Santos, “o Instituto Alana, junto com várias atividades que realmente são louváveis no trabalho com as crianças, divulga a agenda da ideologia de gênero. Não apenas a ideia da ideologia de gênero, mas também no seu vídeo ‘A Origem da Vida’, faz o que nos parece uma tentativa de defesa ao aborto, porque primeiro ‘A Origem da Vida’ começa com um parto e, segundo, a psicóloga que fala neste vídeo diz que o bebê – não a criancinha, mas o bebê – tem todo potencial orgânico para se tornar um sujeito. Ora, na verdade o que tem potencial orgânico para se tornar um sujeito é o esperma, não o bebê, pois ele já é um ser humano desde a concepção”.

“Todos esses institutos, seja o Alana, Itaú cultural ou Santander cultural, toda essa ação do terceiro setor – conhecidos como negócios sociais – estão ligados em uma grande árvore nebulosa nessas ações, chamada Gife”, denunciou Allan.

A GIFE, de acordo à sua página na internet, “é a associação dos investidores sociais do Brasil, sejam eles institutos, fundações ou empresas. Nascido como grupo informal em 1989, o GIFE – Grupo de Institutos Fundações e Empresas, foi instituído como organização sem fins lucrativos, em 1995. Desde então, tornou-se referência no país no tema do investimento social privado”.

Para os católicos, Allan deixa um recado: “Vale a pena abrir o olho para essas ações, porque não são ações meramente infantis. Eles parecem usar das criancinhas para promover a ideologia de gênero, que busca acabar com a família tal qual ela é.”

“Algumas pessoas chamam de família tradicional, mas a família só existe uma. Então, eles têm essa atuação medonha, assustadora, que as pessoas precisam ser alertadas diante dessas ações, porque se não, daqui a pouco vamos poder estar colaborando com um trabalho como esse, pensando que eles estão cuidando do futuro de nossas criancinhas, quando não é assim”.

“Precisamos estar atentos a esse trabalho desse terceiro setor, para que possamos criar também mecanismos, onde esses empresários que colocam dinheiro nessas instituições tenham outras opções para poder colaborar com esta grande ideia que é a parceria entre o terceiro setor, as empresas e a sociedade civil”, concluiu.

Nota revisada e editada 16/10/2017 às 13:40h GMT-3, (horário de verão) em Brasília.

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