Jaime Urcelay, presidente de Profissionais pela Ética (PPE), criticou a entrada em vigência da nova lei do aborto porque se trata da legitimação da morte dos mais inocentes –os não nascidos-, e a imposição de uma educação sexual ideologizada nas escolas.

"O primeiro afetado é a criança a quem lhe tiram a vida. Mas é que, além disso, muitas mulheres vão ver-se obrigadas, direta ou indiretamente, a abortar por motivos econômicos, trabalhistas ou como forma de pressão por parte de seus familiares ou de seu entorno social", assinalou.

Urcelay também advertiu que a nova legislação atenta contra o direito à objeção de consciência dos profissionais da área de saúde, obrigando-lhes a praticar abortos. Além disso, indicou o PPE, "tudo aponta a que se elabore um registro de médicos objetores ao aborto, uma autêntica ‘lista negra’ que em realidade é uma ameaça para os impedimentos".

Com respeito à introdução na lei de um capítulo de educação sexual onde se fala de um suposto "direito ao aborto" e de uma "diversidade sexual", Urcelay assinalou que "é uma nova forma de doutrinação escolar que os pais não podem permitir porque transgride o nosso direito a educar os nossos filhos. portanto, até que conheçamos a forma concreta em que a educação sexual vai se implantar nas escolas atuaremos com todos os meios legais no nosso alcance".