Um novo descobrimento científico poderia, em teoria, eliminar a necessidade física do homem e a mulher na reprodução humana. Segundo investigadores britânicos, um homem poderia reproduzir-se ao unir seus espermatozóides a um óvulo sintético gerado de seu próprio material genético.

Investigadores britânicos fizeram o anúncio na conferência da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) em Copenhague, Dinamarca. Afirmam que nesse estudo, que combina clonação e investigação de células tronco embrionárias, poderia fazer-se realidade em um futuro próximo.

Harry Moore, líder da equipe de Investigação da University of Sheffield em Grã-Bretanha, indicou que a meta poderia alcançar-se em aproximadamente dez anos, conforme informa CNSNews.com.

A equipe assinala que com estas investigações teriam provado que as células tronco embrionárias têm a capacidade de gerar “células germinais primitivas” que eventualmente poderiam converter-se em óvulos e espermatozóides.

Isto permitiria aos cientistas criar novos embriões e obter células tronco embrionárias para investigação sem necessidade de recorrer a doadores de óvulos. Segundo este estudo, no futuro dois homossexuais poderiam ter um filho. Em outras palavras, o menino poderia ser criado utilizando gens de ambos: os espermatozóides de um e o óvulo sintético gerado a partir das células tronco do outro. O que definitivamente precisariam seria um “ventre de aluguel”.

"Com isto já não nos referimos só à utilização do embrião”, indicou ao CNSNews.com o Dr. David van Gend da Federação Mundial de Doutores que respeitam a Vida Humana. “Estamos falando de coisas que se faz com as células logo depois de ter abusado do embrião”, acrescentou.

"Primeiro se viola aos pequenos embriões, que se convertem em mero material cientista, logo a família humana é violada porque se produziria uma situação anormal: um pequeno menino nunca terá a possibilidade de ter uma mamãe e um papai”, advertiu.